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- Mapa sinalizando os pontos turísticos de Manaus, aqui
- O clube da madrugada
- Projetos falidos na Amazônia
- Theodore Roosevelt na Amazônia
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- Uma história do cultivo da juta
- A epopeia amazônica: Fordlândia
- Amazonas: de Vargas aos militares
- A Rebelião de 1924 e a comuna de Manaus

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- Euclides da Cunha, sobre a Amazônia, aqui
- Tese completa sobre o Amazonas na República Velha
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- Conheça um pouco da história de Marcílio Dias
- Estudos sobre o Amazonas, de Torquato Tapajós
- Estudo sobre a abertura do rio Amazonas à navegação internacional
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- Um texto de Arthur Reis sobre A Província do Amazonas
- A viagem de Wallace, de 1848 (texto completo)
- Uma análise da Cabanagem, aqui
- Independência e morte no Grão-Pará, aqui
- Entrevista sobre As Missões na Amazônia
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- O rio Amazonas
- Os significados de Amazônia
- Vestígios da Amazônia pré-colonial
- Vida na Amazônia pré-colonial
- Um estudo sobre a ocupação humana da Amazônia


MAPAS
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- Amazonas, aqui
- Rio Amazonas e afluentes, aqui
- Amazonas político, aqui
- Bacia amazônica, aqui
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ESQUEMAS
- Dos capítulos 6-7-8, aqui

EXERCÍCIOS
- Amazônia Colonial
- Amazônia no século XVIII 
- Amazônia imperial  
- Amazônia borracha
- Amazônia republicana 

PSC - PROVAS E GABARITOS 

VÍDEOS
A SELVA (TRAILER) - EPOPEIA EUCLIDIANA - MADEIRA MAMORÉ - MADEIRA MAMORÉ











Revisão de Pontos de História da Amazônia

Com base na leitura da obra Pontos de História da Amazônia I, publicado pela editora Pakatatu, de Belém do Pará, sobre o trabalho escravo na Amazônia no Período Colonial, verifica-se que a organização do trabalho e as formas de produção adotadas na região, desde a colonização, sempre foram alicerçadas no serviço escravo e na manipulação do nativo. Conforme argumenta Armando Alves Filho (2001) “organizar a força de trabalho na Amazônia foi uma das mais difíceis tarefas do processo de colonização (...) “A economia extrativista e as condições geográficas e ambientais também contribuíram para a criação, na região, da própria mão-de-obra”.
Vê-se que, mesmo sendo introduzido o escravo negro na Amazônia, ainda parecia mais barato investir no trabalho indígena. Entretanto, com a criação da Companhia Geral do Grão Pará e Maranhão, no século XVIII, a entrada de escravos africanos reduziu a procura inicial, provocando um curto período de escravidão indígena. Nas capitanias do Grão Pará e Rio Negro, por exemplo, o fluxo de escravos negros teve pouca duração. No Maranhão, o comércio negreiro predominou por mais tempo em função da produção algodoeira que bancava a importação de africanos.
Segundo o autor citado, a Amazônia não revelava vocação para a plantation, por isso o governo português passou a incentivar o trabalho da catequese. Mas, para isso, era indispensável a marcante presença do missionário e, deste modo, a imposição da ideologia cristã, na colonização do Norte, destaca-se como instrumento de dominação da terra e das gentes. Assim, a Igreja católica passa a ser protagonista dessa colonização e as missões preparam o índio para inseri-lo nos moldes dos interesses e ambição dos colonizadores, porém, para isso era preciso desarticular as bases produtivas, deixando a alternativa de mercado de escravo, as “repartições” aos índios que eram explorados pelo colonizador.
O curioso é que os missionários tinham um duplo papel em sua “missão”: ao mesmo tempo que protegiam os indígenas contra a exploração do colonizador, também colaboravam na função de atraí-los para a “descida” em direção ao litoral para as missões, seduzindo-os através da música, do teatro , da pregação e do convencimento.Chegavam ao ponto de mandar o nativo destruir suas casas e roças para esquecer de vez da vida na aldeia. Alves Filho, ao tratar das estratégias pedagógicas dos jesuítas utilizadas para o convencimento dos índios apresenta uma citação de Maria Valéria Rezende: “Quando os índios aceitavam partir de suas terras para perto do mar, os missionários lhes davam roupas para que se vestissem e mandavam que queimassem as casas e roças de sua aldeia para que eles não tivessem a tentação de desistir e voltar para lá”.
Também as doenças adquiridas pelo índio (gripe, sarampo, cachumba, tuberculose, varíola) com o contato eram utilizadas como argumento para abandonarem a aldeia, de modo que a catequese passa a funcionar “como instrumento gerador de força de trabalho para sustentar a colonização” nas missões, onde os índios eram submetidos à aculturação por uma vida de “salvação e felicidade”,com a evangelização nos novos aldeamentos pela doutrinação (aprendizagem das orações), moralização (viver conforme a moral cristã portuguesa) e sacramentalização (preparação para o batismo, crisma, casamento e outros sacramentos da igreja).
Porém, essa aculturação não era facilmente assimilada pelos nativos, pois as fugas e confrontos com os colonos foram formas adotadas “de reação indígena em defesa de sua identidade, de seu território e de sua liberdade”,e, mesmo que a exploração indígena fosse uma constante no Período Colonial, por ambos os interessados, missionários e colonos,as práticas de “guerra justa” e de “resgate” ainda não foram suficientes para consolidar o trabalho escravo indígena em toda a Amazônia . Apesar disso, se em outras regiões do Brasil, no Período Colonial, foi o trabalho escravo do negro africano que sustentou a economia, na Amazônia, segundo Armando Alves Filho(2001), mesmo tendo a participação do negro, a relevância do trabalho forçado coube ao indígena, que interrompeu sua trajetória de povo livre para tornar-se objeto “a serviço do capital mercantil metropolitano”.
Ao usar este artigo, mantenha os links e faça referência ao autor:
O TRABALHO FORÇADO NA AMAZÔNIA COLONIAL publicado 24/04/2010 por Djalmira Sá Almeida em http://www.webartigos.com

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