Reflexão

A FÉ NÃO CONSISTE NA IGNORÂNCIA, MAS NO CONHECIMENTO.
João Calvino

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

UMA BREVE REVISÃO DE FILOSOFIA PARA O TESTE DA 3ª ETAPA


A filosofia do século 19 se desenvolveu no contexto da consolidação do capitalismo e da burguesia, da vida urbana, do progresso científico e tecnológico, da exploração social do proletariado, do surgimento do pensamento socialista. Correntes filosóficas de destaque`{
1 - Romantismo: uma reação ao racionalismo, exaltando o indivíduo, a emoção, a natureza.
2 - Idealismo alemão: buscava um sistema unificador do real, e tem em Hegel, seu maior representante. Seu pensamento: a realidade é Espírito (no sentido de movimento, processo); o movimento dessa realidade é dialético (tese – antítese – síntese). Suas ideias foram contestadas por outros filósofos (Feuerbach, Schopenhauer, Kierkegaard
3 - Positivismo de Comte: valoriza o método científico, sacraliza a ciência, despreza discussões metafísicas; confia nos benefícios da técnica e da ciência; é o entusiasmo burguês-capitalista chegando ao plano filosófico. Resumido na Lei dos Três Estados à 1: teológico/fictício (ponto de partida da inteligência humana; fenômenos do mundo tem origem sobrenatural); 2: metafísico/abstrato (realidade como fruto de forças abstratas); 3: científico/positivo (estágio definitivo do pensamento, realidade entendida pelo raciocínio e observação); é ver para crer; ordem e progresso; um dos seus principais objetivos era a reorganização completa da sociedade (intelectual, moral, política).
4 - Materialismo dialético de Marx: dizia que o ser humano é histórico-social, e que é o ser social que determina a consciência; procurou compreender a história a partir das das condições materiais de existência – materialismo histórico; ao se organizar em sociedade para produzir, ou seja, ao desenvolver um modo de produção, os homens geram classes sociais desiguais, exploradores e explorados, resultando disso a luta de classes, o motor da história segundo o marxismo.


No século XX, as grandes convicções humanas deram lugar as incertezas; as tecnologias alimentaram guerras e resultaram no desastre ambiental. Nesse contexto, se desenvolveram e se destacaram algumas correntes filosóficas como:
1 – Existencialismo: filosofias da existência (existir envolve múltiplas relações, determinadas e indeterminadas;o ser humano é imperfeito, incompleto, inacabado; a liberdade humana não é plena; a vida humana é cheia de altos e baixos).
Precursores do existencialismo: Schopenhauer, Kierkegaard, Nietszche, Husserl.
a)     Nietszche à os valores morais não são absolutos, mas histórico-culturais; as pessoas seguem uma “moral de rebanho” (submissão irrefletida aos valores dominantes da civilização cristã e burguesa); precisamos questionar o valor dos valores, e viver por nossa própria conta e risco; niilismo, ocaso da cultura cristã e dos valores absolutos (“morte de Deus”, rejeição à crença em um ser absoluto/transcendental). Conclusão: “ouse conquistar a si mesmo” (liberdade da razão).
b)     Husserl à Nasceu em Possnitz, em 1859; estudou matemática; morreu em 1938, aos 79 anos, proibido de lecionar e perseguido pelos nazistas devido a sua origem judaica. Formulou um método de investigação filosófico conhecido como fenomenlogia (descrição do fenômeno, o que se manifesta, o que aparece; o sujeito deve orientar-se para o fenômeno; sua filosofia era uma “volta às próprias coisas”, das quais o sujeito tinha se afastado).
Filósofo mais conhecido do existencialismo: Jean-Paul Sartre
Escreveu peças de teatro (A náusea, O muro, A idade da razão, O diabo e o bom Deus). Principal obra filosófica: O ser e o nada.  Para ele, a característica tipicamente humana é o nada (espaço aberto, passível de mudanças), o não-ser, que premite a liberdade humana e nega uma natureza humana previamente determinada. O que existe então é a condição humana. O homem é aquilo que ele faz de si mesmo.
2  - Filosofia analítica: investiga a linguagem e sua relação com o real. Destaque: Bertrand Russel à dizia que o maior desafio de cada pensador é enunciar o problema de tal modo que possa permitir uma solução; foi matemático, filósofo, e defensor de causas humanitárias; sua filosofia analítica submeteu a linguagem humana à análise lógica, para sabermos o que estamos realmente falando quando questionamos isso ou aquilo (uma espécie de “terapia da linguagem”).
3 – Escola de Frankfurt: grupo de pensadores alemães formados no Instituto de Pesquisas Sociais de Frankfurt. Destaques: Adorno e Horkheimer, Jurgen Habermas.
a)     Adorno e Horkheimer: desenvolveram o conceito de razão controladora e instrumental à que busca sempre a dominação, tanto da natureza quanto do próprio ser humano;  e também o conceito de indústria cultural à indústria da diversão de massas, (televisão, radio, cinema, revistas, jornais, propagandas), que provocaria a homogeneização dos comportamentos, a manipulação das pessoas; promoveria a alienação das pessoas, em especial do proletariado.
b)     Jurgen Habermas: discorda de Adorno e Horkheimer; propõe o conceito de razão dialógica, que  brota do diálogo e da argumentação, que surge da ação comunicativa.
4 – Filosofia Pós-Moderna: filosofia do mundo de hoje, plural, fragmentada, focada nas singularidades, particularidades e diversidades; não há esperanças de conhecer a “realidade total”. Destaques: Foucault à diz que o poder se fragmentou em micropoderes (microfísica do poder à vários poderes exercidos por uma rede imensa de pessoas que interiorizam e cumprem as normas estabelecidas pela disciplina social; o poder está em toda parte porque provem de todos os lugares).

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