A filosofia do século 19 se desenvolveu no contexto da consolidação
do capitalismo e da burguesia, da vida urbana, do progresso científico e
tecnológico, da exploração social do proletariado, do surgimento do pensamento
socialista. Correntes filosóficas de destaque`{
1 - Romantismo: uma reação ao racionalismo, exaltando o indivíduo, a
emoção, a natureza.
2 - Idealismo alemão: buscava um sistema unificador do real, e tem em Hegel, seu maior representante. Seu
pensamento: a realidade é Espírito
(no sentido de movimento, processo); o movimento
dessa realidade é dialético (tese –
antítese – síntese). Suas ideias foram contestadas por outros filósofos
(Feuerbach, Schopenhauer, Kierkegaard
3
- Positivismo de Comte: valoriza o método científico, sacraliza a ciência,
despreza discussões metafísicas;
confia nos benefícios da técnica e da ciência; é o entusiasmo burguês-capitalista
chegando ao plano filosófico. Resumido na Lei
dos Três Estados à 1: teológico/fictício (ponto de partida
da inteligência humana; fenômenos do mundo tem origem sobrenatural); 2: metafísico/abstrato (realidade como
fruto de forças abstratas); 3:
científico/positivo (estágio definitivo do pensamento, realidade entendida
pelo raciocínio e observação); é ver para crer; ordem e progresso; um dos seus
principais objetivos era a reorganização completa da sociedade (intelectual, moral,
política).
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- Materialismo dialético de Marx: dizia que o ser humano é histórico-social, e que é o ser social que determina a consciência;
procurou compreender a história a partir
das das condições materiais de existência – materialismo histórico; ao se organizar
em sociedade para produzir, ou seja, ao desenvolver um modo de produção, os homens geram classes sociais desiguais, exploradores e explorados, resultando
disso a luta de classes, o motor da
história segundo o marxismo.
No século XX, as grandes convicções humanas deram lugar as incertezas;
as tecnologias alimentaram guerras e resultaram no desastre ambiental. Nesse
contexto, se desenvolveram e se destacaram algumas correntes filosóficas como:
1
– Existencialismo: filosofias da existência (existir envolve múltiplas
relações, determinadas e indeterminadas;o ser humano é imperfeito, incompleto,
inacabado; a liberdade humana não é plena; a vida humana é cheia de altos e
baixos).
Precursores do
existencialismo: Schopenhauer, Kierkegaard, Nietszche, Husserl.
a)
Nietszche à os valores morais não são absolutos, mas histórico-culturais; as pessoas seguem
uma “moral de rebanho” (submissão irrefletida
aos valores dominantes da civilização cristã e burguesa); precisamos questionar o valor dos valores, e viver
por nossa própria conta e risco; niilismo,
ocaso da cultura cristã e dos valores absolutos (“morte de Deus”, rejeição à
crença em um ser absoluto/transcendental). Conclusão: “ouse conquistar a si
mesmo” (liberdade da razão).
b)
Husserl à Nasceu em Possnitz,
em 1859; estudou matemática; morreu em 1938, aos 79 anos, proibido de lecionar
e perseguido pelos nazistas devido a sua origem judaica. Formulou um método de
investigação filosófico conhecido como fenomenlogia
(descrição do fenômeno, o que se manifesta, o que aparece; o sujeito deve
orientar-se para o fenômeno; sua filosofia era uma “volta às próprias coisas”,
das quais o sujeito tinha se afastado).
Filósofo mais conhecido do
existencialismo: Jean-Paul Sartre
Escreveu peças de teatro (A náusea, O muro, A idade da razão, O diabo e o bom Deus). Principal obra filosófica: O ser e o nada. Para ele, a característica tipicamente humana
é o nada (espaço aberto, passível de
mudanças), o não-ser, que premite a
liberdade humana e nega uma natureza humana previamente determinada. O que
existe então é a condição humana. O homem é aquilo que ele faz de si mesmo.
2 - Filosofia analítica:
investiga a linguagem e sua relação com o real. Destaque: Bertrand Russel à dizia que o maior desafio
de cada pensador é enunciar o problema de tal modo que possa permitir uma
solução; foi matemático, filósofo, e defensor de causas humanitárias; sua
filosofia analítica submeteu a linguagem
humana à análise lógica, para sabermos o que estamos realmente falando
quando questionamos isso ou aquilo (uma espécie de “terapia da linguagem”).
3
– Escola de Frankfurt: grupo de pensadores alemães formados no
Instituto de Pesquisas Sociais de Frankfurt. Destaques: Adorno e Horkheimer, Jurgen
Habermas.
a)
Adorno
e Horkheimer: desenvolveram o conceito de razão controladora e instrumental à que busca sempre a
dominação, tanto da natureza quanto do próprio ser humano; e também o conceito de indústria cultural à
indústria da diversão de massas, (televisão, radio, cinema, revistas, jornais, propagandas),
que provocaria a homogeneização dos comportamentos, a manipulação das pessoas;
promoveria a alienação das pessoas, em especial do proletariado.
b)
Jurgen
Habermas: discorda de Adorno e Horkheimer; propõe o conceito de razão dialógica, que brota do diálogo e da argumentação, que surge
da ação comunicativa.
4 – Filosofia Pós-Moderna: filosofia do
mundo de hoje, plural, fragmentada, focada nas singularidades, particularidades
e diversidades; não há esperanças de conhecer a “realidade total”. Destaques: Foucault à diz que o poder se fragmentou em micropoderes (microfísica do poder à vários poderes
exercidos por uma rede imensa de pessoas que interiorizam e cumprem as normas
estabelecidas pela disciplina social; o poder está em toda parte porque provem
de todos os lugares).
Caps 10 e 11, concentração total neles
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