Reflexão

A FÉ NÃO CONSISTE NA IGNORÂNCIA, MAS NO CONHECIMENTO.
João Calvino

sábado, 2 de outubro de 2010

Super-heróis na História e história...

Quadrinhos: Super-heróis, ativar!
A história americana se refletenos quadrinhos
por Marco Moretti
Desde Superman, criado na década de 30 para levantar o moral do povo americano durante a Grande Depressão, os super-heróis povoam os quadrinhos. Separados por eras, de acordo com sua criação (da Era de Ouro, nos anos 30, à Era Image, nos anos 90), eles refletem, em maior ou menor grau, o mundo real.

1938 - Superman

Primeiro super-herói dos quadrinhos, ele inaugurou a chamada Era de Ouro das HQs. O desemprego e a fome que atingiram os Estados Unidos nesse período fizeram a violência crescer a níveis assustadores. Oriundo do extinto planeta Krypton, o Homem de Aço combate o crime usando seus poderes (entre os quais não se inclui o de voar, que só apareceria tempos depois).

1939 - Batman

Também seguindo a onda de combate à violência, o primeiro herói mascarado, Batman, surge para aterrorizar os criminosos. No entanto, ele é humano, e suas únicas armas são um arsenal de apetrechos e a inteligência excepcional. Nas primeiras histórias, usava armas e matava.

Março/1941 - Capitão América

O mundo mergulha no caos da Segunda Guerra. Mesmo antes de seu país ingressar no conflito, o Capitão América combatia os nazistas com um escudo em forma de diamante (depois ele ficou redondo), um uniforme bandeiroso e a vontade férrea de dar fim aos inimigos da democracia. Embora datada de março de 1941, sua primeira edição foi distribuída em dezembro de 1940.

Dezembro/1941 - Mulher-Maravilha

A primeira super-heroína fez sua estréia no mesmo mês em que os japoneses atacaram a base naval americana de Pearl Harbor, no Havaí – evento decisivo para a entrada dos Estados Unidos na guerra. A Mulher-Maravilha é uma princesa amazona dotada de poderes mitológicos e do laço da verdade. Ela já dava surra em vilões muito antes de o feminismo dar sinal de vida.

1956 - Flash

Começa a Era de Prata (década de 50), e a criação da bomba atômica desperta o temor de um conflito. É a hora dos heróis tecnológicos. Banhado por produtos químicos e atingido por uma descarga elétrica, Barry Allen se transforma em Flash (este, na verdade, é o segundo Flash. O primeiro é de 1940).

1961 - Quarteto Fantástico

O Quarteto Fantástico inaugura a Era Marvel, na qual, em vez de aliens ou justiceiros mascarados, os heróis eram seres humanos comuns que adquirem superpoderes. No caso do Quarteto, eles vieram após exposição a raios cósmicos ocorrida num vôo espacial. No mundo real, Estados Unidos e União Soviética, em plena Guerra Fria, davam início à corrida espacial.

1962 - Homem-Aranha

Cheio de crises de consciência, o herói dispara suas teias em meio aos arranha-céus de Nova York. O Homem-Aranha, que ganhou poderes após ser picado por um aracnídeo radioativo, combate o mal armado do mesmo estoicismo com que atura as broncas do chefe ranzinza.

1963 - X-Men

Aqui, a nova geração de heróis já nasce superpoderosa, dotada de um fator mutante em seus genes que os torna odiados e perseguidos pela humanidade. São os X-Men, que sofrem na pele o preconceito racial que então dividia os americanos entre brancos e negros. É a época de Martin Luther King e Malcolm X, líderes negros que polarizaram a cruzada pela tolerância racial nos anos 60.

1974 - Wolverine

A Guerra do Vietnã estraçalha o sonho de paz do mundo, enquanto a crise do petróleo e o escândalo de Watergate lançam os americanos num período de descrédito em relação aos políticos. Nasce um herói cínico e violento, como convém a esses tempos de crise: Wolverine, o mutante politicamente incorreto dotado de um fator de cura que o torna invulnerável a qualquer tipo de ferimento.

1992 - Spawn

A queda do Muro de Berlim e o fim do comunismo na União Soviética dão início à globalização. Perto do novo milênio, as profecias apocalípticas e o misticismo explodem. Surge Spawn. O ex-agente da CIA Al Simmons morre e, no inferno, é recrutado para lutar no exército de Lúcifer contra as forças celestiais. Apanhado entre dois mundos, Simmons age como um herói atormentado.
em http://historia.abril.com.br/cultura/quadrinhos-super-herois-ativar-434409.shtml

Uma breve história do Mickey Mouse

A criação de Mickey Mouse
O ratinho mais famoso do mundo faz 80 anos
por Fernanda Castro
Em fevereiro de 1928, Walt Disney (1901-1966) era um cineasta com apenas um sucesso no currículo:
Oswald, o Coelho Sortudo. O personagem de animação havia sido lançado um ano antes, com algum êxito de bilheteria. Quando viajou a Nova York para pedir ao estúdio Universal um aumento nos ganhos, ouviu uma contraproposta ofensiva: aceitar a redução de 20% no cachê, ou então a empresa tomaria o coelho. Na viagem de trem para sua casa em Hollywood, ele começou a pensar numa alternativa - um animal parecido com Oswald, apenas com o rabo mais longo e as orelhas mais curtas. Quis batizá-lo de Mortimer, mas sua esposa Lilly, que viajava com ele, achou muito "efeminado". Ela então sugeriu
Mickey. Ao chegar em casa, Disney tinha um esboço pronto do ratinho. Em 18 de novembro de 1928, o personagem estreou nos cinemas com o curta-metragem Steamboat Willie. Essa é a versão oficial para o nascimento desse ícone do século 20. Mas os biógrafos do empresário contam uma história diferente: a ideia de substituir o coelho foi de Disney, mas Mickey teria sido desenhado depois, pelo animador Ub Iwerks (1901-1971). Controvérsias à parte, o fato é que o sucesso foi imediato. Em 1929, o bichinho dócil, íntegro e ingênuo protagonizou 12 curtas-metragens. Cinco anos depois, ele já rendia 600 mil dólares em merchandising e era o grande símbolo da empresa. Enquanto isso, o coelho Oswald sumia do mapa - até ser novamente adquirido pela Disney, em 2006.

HISTÓRIAS DE UM CAMUNDONGO
O personagem já bebeu cerveja e foi usado como código militar

REMODELAGENS
Mickey fez várias "plásticas", a mais recente em 2000. Com o rabo e o focinho menores, ele ganhou jovialidade. A mudança completou uma transição identificada por Marc Eliot, biógrafo de Disney: com o tempo, o rato ficou cada vez mais arredondado e parecido com uma criança.

UMA SÓ VOZ
Disney falava de Mickey como se ele fosse um filho. A relação do criador com a criatura era tão forte que o empresário dublou o rato de 1928 até 1946. Desde então, dois atores se sucederam na tarefa de ser a voz do personagem.

ÁLCOOL E CIGARRO
Antes da estreia oficial, Walt dirigiu dois filmes com o personagem, mas ambos só chegaram aos cinemas depois de Steamboat Willie. Em um deles, The Gallopin' Gaucho, o camundongo bebe cerveja, fuma e dança tango com a namorada Minnie.

SUCESSO TARDIO
Em 1940, Fantasia, o primeiro filme de longa-metragem do ratinho, custou 2,28 milhões de dólares e foi um fiasco comercial. Só nos anos 60 a animação, que não tinha diálogos e era acompanhada por
música erudita, tornou-se um clássico do cinema.

SENHA MILITAR
Na Segunda Guerra, os estúdios Disney produziram filmes e pôsteres em prol dos soldados americanos. A popularidade do rato era tão grande que "Mickey Mouse" foi usado como senha durante as operações do Dia D.

MÁQUINA DE DINHEIRO
Na década de 30, o ratinho virou febre mundial. Vários países o rebatizaram: na Itália, ele era Topolino; na Suécia, Musse Pigg; no Japão, Miki Kuchi. Surgiu também uma gama de produtos com a marca do bicho. Em 1933, foram vendidos 2,5 milhões de relógios.
em http://historia.abril.com.br/cultura/criacao-mickey-mouse-479490.shtml

A lei de Murphy

Lei de Murphy: o lema do pessimismo fez 60 anos em 2009
Comentário mal-humorado de um engenheiro deu origem à lei de Murphy

por Álvaro Oppermann

A fila do lado sempre anda mais rápido. A torrada só cai no chão com a manteiga virada para baixo. As pessoas só encontram algo no último lugar em que procuram. Essas são algumas variações de um dos lemas mais populares do século 20, a lei de Murphy. O preceito, que pode ser resumido pela frase "se algo pode dar errado, vai dar errado", foi enunciado pela primeira vez há 60 anos. Seu autor é o engenheiro Edward Murphy Jr. (1918-1990).
Em 1949, Murphy fazia parte de um Projeto da Força Aérea dos Estados Unidos que tentava determinar a tolerância do corpo à força da gravidade. Para isso, pilotos voluntários eram amarrados a carros sobre trilhos e lançados a velocidades altíssimas. Murphy criou sensores eletrônicos a fim de medir a força aplicada ao organismo. Contudo, depois do primeiro teste, o equipamento não funcionou, e o engenheiro criticou o funcionário encarregado de instalá-lo: "Se há dois jeitos de fazer algo, e um deles resulta em desastre, este rapaz vai fazer do jeito desastroso". Um dos presentes, o coronel John Stapp, gostou do comentário e o espalhou. Em 1952, a frase já era citada em um livro da psicóloga Anne Roe (1904-1991). Em 1962, foi empregada num filme de treinamento do Exército americano. Mas, a essas alturas, ninguém mais sabia quem era o tal Murphy.
Em 1977, o preceito ganhou notoriedade quando o escritor americano Arthur Bloch lançou o livro A Lei de Murphy. Foi publicado em 30 países, mas Bloch não dava o crédito ao engenheiro. Edward Murphy ficou longe dos holofotes até morrer, em 1990. Anos depois, o jornalista Nick Spark descobriu sua história. Em 2003, a lei ganhou o prêmio igNobel — uma paródia do prêmio Nobel, concedido pela Universidade de Harvard para "ideias que nos fazem sorrir, e depois nos põem a pensar".
em http://historia.abril.com.br/cultura/lei-murphy-lema-pessimismo-faz-60-anos-482193.shtml

De onde vem a expressão...

"Novo em folha"
Inspirada no papel, frase qualifica objetos e pessoas

por Lívia Lombardo

Quando queremos dizer que algo nunca foi usado ou que, se já foi, está em ótimo estado, dizemos que está "novo em folha". A expressão também pode ser usada para designar alguém que, depois de se machucar ou enfrentar uma doença, está curado.

É fácil entender por que usamos o adjetivo "novo" para nos referirmos a esses objetos ou pessoas. Mas o que a folha tem a ver, por exemplo, com um carro zero, um sapato recém-comprado ou alguém que acabou de sair de um hospital?

Isso acontece porque a origem da expressão vem das folhas de papel branquinhas, limpinhas e sem amassados dos livros novos quando acabam de ser impressos. São livros novos em folha.

em http://historia.abril.com.br/cultura/novo-folha-518231.shtml


"A preço de banana"
Portugueses criaram a expressão no Brasil

por Érica Georgino

Usamos a frase "a preço de banana" quando encontramos um artigo com preço baixo, mas tão baixo, que nem dá vontade de pechinchar. Essa expressão remonta ao descobrimento do Brasil: ao chegar aqui, os portugueses encontraram bananeiras produzindo naturalmente, sem que fosse necessário plantá-las.

Durante a colonização, era comum encontrar a fruta em propriedades agrícolas e quintais, pelo simples motivo de que as bananeiras são plantas de fácil cultivo em climas quentes e úmidos. A abundância fez com que a fruta não atingisse altos valores comerciais, e assim a banana virou sinônimo de produto barato.
em http://historia.abril.com.br/cultura/preco-banana-518167.shtml

"Salvo pelo gongo"
Explicações para a frase estão relacionadas a sinos

por Lívia Lombardo

Existem diversas versões para explicar a origem dessa expressão usada quando alguém consegue se livrar, no último instante, de um perigo ou uma situação constrangedora. A mais difundida está ligada aos casos de pessoas enterradas vivas com surtos de catalepsia, o distúrbio que impede o doente de se movimentar. Para evitar essas tragédias, as famílias na Europa passaram a amarrar uma cordinha no pulso do defunto, prendendo-a a um sino que ficava do lado de fora do túmulo. Se não estivesse morta, a pessoa seria literalmente salva pelo gongo.

Já o pesquisador Marcelo Duarte afirma, no livro Guia dos Curiosos - Língua Portuguesa, que a frase surgiu em Londres, no século 17. Um guarda do palácio de Windsor acusado de dormir no posto alegou que estava tão acordado que tinha ouvido o sino da igreja tocar 13 vezes naquela noite.
em http://historia.abril.com.br/cultura/salvo-pelo-gongo-497560.shtml

"Colocar a mão no fogo"
Expressão é inspirada na Inquisição medieval

por Lívia Lombardo

Quando colocamos a mão no fogo por alguém é porque confiamos na inocência dessa pessoa e, por isso, temos certeza de que não vamos nos prejudicar. Na Idade Média, no entanto, colocar a mão no fogo era dor na certa. Essa expressão surgiu de um método nada racional usado pela Igreja para avaliar acusados de heresia.

O julgamento consistia em envolver as mãos do réu com estopa e cera e fazer com que ele andasse por alguns metros na frente do juiz e de testemunhas segurando uma barra de ferro em brasa. Com o calor, a cera derretia rapidamente e as mãos ficavam atadas. Três dias depois, a estopa era retirada e as mãos do acusado eram verificadas. Qualquer queimadura era considerada sinal de que a pobre criatura não havia sido protegida por Deus, e por esse motivo seria condenada à morte.
em http://historia.abril.com.br/cultura/colocar-mao-fogo-493923.shtml

"Ovelha negra"
Frase tem o mesmo sentido em diversos idiomas

por Lívia Lombardo

Essa expressão não é brasileira nem restrita à língua portuguesa. Vários outros idiomas (como o inglês, o alemão, o francês e o espanhol) também a utilizam para designar alguém que destoa de um grupo, assim como uma ovelha da cor preta se diferencia em um rebanho de animais brancos.

As origens da frase são milenares. Na Antiguidade, os animais pretos eram considerados maléficos e, por isso, sacrificados em oferenda aos deuses ou para acertar acordos. Por exemplo: em um episódio da Ilíada de Homero, escrita provavelmente no século 9 a.C., há o relato do sacrifício de uma ovelha negra como garantia do pacto celebrado entre Páris e Menelau, que resultou na Guerra de Tróia. Surgia assim o hábito de chamar de "ovelha negra" aqueles que se diferenciam por desagradar e chocar.
em http://historia.abril.com.br/cultura/ovelha-negra-482880.shtml

Quer conhecer mais sobre o islamismo?

Leia esse artigo, publicado originalmente em
http://historia.abril.com.br/religiao/quem-tem-medo-isla-435496.shtml


Quem tem medo do islã?

por Rodrigo Cavalcante

Na manhã do dia 11 de setembro de 2001, um atentado terrorista transformou o Islã na grande preocupação do Ocidente. Mas o que nós aprendemos sobre os muçulmanos desde então? Será que a religião seguida por mais de 1,2 bilhão de pessoas é a responsável pelas imagens de violência e radicalismo a que assistimos diariamente na TV? Para começar a responder a essas perguntas, precisamos desviar dos estereótipos e voltar no tempo. Numa viagem que começa na inóspita Arábia da época de Maomé.

No século 7, a Arábia Saudita, hoje cobiçada por possuir a maior reserva mundial de petróleo, não passava de um rincão desértico que não interessava ninguém. Naquele local habitado por tribos nômades (os beduínos), a vida valia pouco. Os mercadores que cruzavam a região em direção aos vizinhos reinos da Pérsia, no atual Irã, ou Bizâncio, na Turquia, viviam ameaçados pelos constantes conflitos tribais. Até que, no ano 610, um mercador de 40 anos da cidade saudita de Meca passou por uma experiência sobrenatural que mudaria a história da região – e do mundo.

Enquanto dormia em seu retiro habitual, que ficava numa caverna do monte Hira, o mercador Maomé teve a visão de um anjo que ordenou: “Recita”. A divindade, mais tarde identificada como Gabriel (o mesmo que teria visitado Maria seis séculos antes para anunciar a chegada de Jesus), teria abraçado Maomé com força e insistido: “Recita”. No limite de sua resistência física, o mercador sentiu, finalmente, que algumas palavras inspiradas por Deus começavam a sair da sua boca. Mais tarde, elas fariam parte do Alcorão, livro sagrado dos muçulmanos, que contém as mensagens consideradas divinas que Maomé continuaria recebendo até o fim de sua vida, em 632.

A revelação preencheu um vazio religioso que havia muito perturbava os povos da Arábia. Até então, a região era um centro de santuários de culto a diversas divindades, mas não havia nada parecido com as sofisticadas revelações das escrituras judaicas e cristãs. Por isso mesmo, os árabes também previam que um dia receberiam uma revelação direta do mesmo Deus dos judeus e dos cristãos. A experiência que Maomé teve naquela noite parecia confirmar essa previsão. Nascia, assim, o Islã (palavra que significa “submissão a Deus”).

Assim como o judaísmo e o cristianismo, o islamismo reivindica para si o DNA do mesmo pai: Abraão, o patriarca bíblico que, há cerca de 4 mil anos, teria feito uma aliança com Deus em troca da promessa de que sua “semente” iria prosperar por toda a Terra. A tal semente, de fato, se espalhou. Hoje, mais da metade da população do planeta (cerca de 3,5 bilhões de pessoas) segue uma dessas três crenças.

Apesar de serem irmãs, entretanto, toda vez que uma dessas religiões se expandia pelo resto do mundo, o conflito com as outras parecia inevitável. Quando o cristianismo tornou-se, no século 4, a religião oficial do Império Romano, os judeus começaram a ser perseguidos por não reconhecerem Jesus como filho de Deus. Séculos depois, os muçulmanos entraram em confronto direto com os cristãos: as palavras de Maomé unificaram as tribos árabes e, apenas um século depois, seriam a base de um império que ia da Espanha e do Marrocos, no Ocidente, até o Afeganistão e o Paquistão, no Oriente. Os muçulmanos só sairiam da Europa Ocidental no século 15, após serem expulsos pelos reinos cristãos da Espanha e de Portugal – que, por sua vez, continuariam massacrando os judeus.

Há algumas décadas, entretanto, judeus e cristãos se aproximaram. A fundação do Estado de Israel, no Ocidente, fortaleceu as relações entre as duas comunidades. Em contrapartida, os muçulmanos se tornaram cada vez mais distantes, a ponto de hoje serem vistos como promotores de governos despóticos, de repressão contra as mulheres e, é claro, de atentados terroristas. Mas o que há de verdade e o que há de mito nessa imagem dos países de maioria muçulmana? Por que temos a impressão de que Estado e religião são inseparáveis nesses países? Um olhar atento mostra que as possíveis respostas a essas perguntas estão mais na história dos últimos séculos que no conteúdo de escrituras sagradas.



Profeta armado

Segundo alguns historiadores, parte da dificuldade dos países muçulmanos em separar Estado e religião está na própria gênese do Islã. Para que a nova fé prosperasse, Maomé esteve à frente de uma série de batalhas até derrotar os politeístas da cidade de Meca. Se a vida dele terminasse em uma delas, ele provavelmente seria lembrado como um grande mártir religioso, que sonhou com uma sociedade justa e fraterna e sucumbiu em meio à insensibilidade dos homens. Mas diferentemente de Jesus, que foi crucificado numa terra governada pelos romanos, Maomé não apenas continuou vivo como conseguiu, na base da espada, transformar a cidade de Meca no centro do Islã. Ele morreu como um homem comum de sua época, doente e cercado pelos filhos e esposas. A historiadora inglesa Karen Armstrong, em seu livro Maomé – Uma Biografia do Profeta, lembra que ele não foi nenhum santo. “Maomé viveu numa sociedade violenta e perigosa e às vezes adotou métodos que nós, que temos a sorte de viver num mundo mais seguro, achamos perturbadores”, afirma ela.

Para compreender melhor as conse­qüên­cias que a vida de Maomé teve para seus seguidores, um cristão precisa fazer uma pergunta curiosa: se, por algum motivo, Jesus tivesse tido tempo de fundar e liderar uma comunidade baseada nos seus ensinamentos, o que mudaria no cristianismo? Provavelmente muita coisa, não? De certa forma, foi exatamente isso o que se deu com Maomé. Como diz Bernard Lewis, professor de Estudos Orientais da Universidade de Princeton, nos Estados Unidos, e autor de O Que Deu Errado no Oriente Médio?, Maomé conquistou sua terra prometida e criou seu próprio Estado, do qual ele mesmo foi soberano supremo. E, como tal, promulgou leis, ministrou justiça, arrecadou impostos, recrutou exércitos, fez guerra e fez paz. “Numa palavra, governou”, diz o historiador.

As normas de Maomé ficaram registradas no Alcorão, que ainda hoje é o fundamento da legislação de vários países muçulmanos. Comparado com as alegorias dos Evangelhos, esse livro é, de fato, bem mais específico nos seus mandamentos. Entre os 6326 versículos da obra sagrada dos muçulmanos, há desde instruções para o casamento até regras sobre como o governante deve agir na cobrança de impostos. Como diz o xeque Jihad Hassan Hammadeh, um dos líderes da comunidade islâmica no Brasil, o Alcorão é mais que um livro religioso: “É um sistema econômico, jurídico e político”.

As mensagens emitidas por Maomé em nome de Deus foram transmitidas durante longos 23 anos, durante os quais o líder precisava resolver conflitos típicos de uma sociedade em formação. Não é de estranhar, portanto, que algumas das revelações tratassem inclusive da melhor maneira de lidar com os inimigos em uma guerra. No Alcorão, as instruções de Alá para lidar com os politeístas são bastante claras. Primeiro, diz o texto, deve-se tentar convertê-los. Caso eles não aceitem a proposta, podem manter sua fé, desde que paguem tributos. Se os infiéis, ainda assim, resistirem, aí a violência se justifica, expressada na polêmica frase: “Matai os idólatras, onde quer que os achei; capturai-os, acossai-os e espreitai-os”.

Por cerca de 14 séculos, o resgate das passagens belicosas do Alcorão tem sido usado, no Ocidente, como confirmação de que o Islã incitaria a violência. Para os especialistas em religião, contudo, o Alcorão não é mais violento ou cheio de leis do que outros textos sagrados, como a própria Bíblia. O livro bíblico do Levítico, que trata de leis e foi herdado da Torá dos judeus, é um caso exemplar. Afinal, ele está repleto de normas que, se fossem seguidas ao pé da letra hoje em dia, fariam com que nossa sociedade fosse pouco diferente de um regime opressor como o do Talibã. Além disso, é bom lembrar que a separação entre Igreja e Estado é uma conquista recente no Ocidente, que ainda vem se aprofundando (devido à pressão da Igreja Católica, o divórcio, por exemplo, só foi legalizado no Brasil na década de 1970).Mas, se as mensagens contidas no Alcorão não são tão diferentes assim de outros textos religiosos, por que a violência está sempre associada aos países muçulmanos? Qual a origem do extremismo religioso?

O Ocidente ataca

As tropas inglesas no golfo Pérsico receberam ordens do primeiro-ministro e começaram a invasão. Quatro meses depois, as forças ocidentais, vitoriosas, ocuparam a fronteira da região do Iraque. Diferentemente do que talvez você esteja imaginando, a invasão acima não foi transmitida pela CNN. Nem poderia. Essa “Guerra do Golfo” foi, afinal, travada em 1856, quando o primeiro-ministro britânico lorde Palmerston mobilizou as tropas inglesas para lutar contra o Exército da Pérsia (atual Irã), que havia invadido a cidade de Herat, na divisa com o Afeganistão.

“As semelhanças desse conflito com a atual Guerra do Iraque são muitas, ainda que tenham mudado as motivações do confronto”, escreveu o historiador inglês Miles Taylor, professor de História Moderna da Universidade de Southampton. Para ele e outros especialistas, a invasão da Pérsia na época é um indício de como o mundo muçulmano já estava vulnerável diante das forças do Ocidente. Já em 1798, sob o comando de Napoleão Bonaparte, os franceses tinham invadido o Egito. Depois foi a vez da Argélia, em 1830. Em pouco tempo, Sudão, Líbia, Marrocos e Tunísia também foram repartidos por países europeus. No início do século 20, o Império Otomano foi ocupado e partilhado entre França e Inglaterra, que estabeleceram protetorados na Síria, no Líbano, na Palestina e no Iraque.

Segundo Karen Armstrong, o Egito é um dos casos emblemáticos de como as potências imperialistas encaravam o que deveria ser a “democracia” no mundo islâmico. Entre 1922 e 1948, houve 17 eleições no país, todas vencidas pelo Partido Populista. Mas em apenas cinco delas os vitoriosos conseguiram governar, já que a Inglaterra intervinha no Egito e derrubava autoridades sempre que o resultado nas urnas não era o desejado. No Irã, a descoberta de jazidas de petróleo fez com que britânicos e americanos se envolvessem diretamente na disputa pelo poder no país. Em 1953, eles apoiaram um golpe militar que depôs o primeiro-ministro Mohammad Mussadeq e instaurou uma ditadura liderada pelo xá Reza Pahlevi. Resultado: depois da “revolução branca” de 1963, que almejava modernizar o país nos moldes ocidentais, a corrupção e a ditadura do xá descontentaram boa parte da população e das elites locais. Em 1978, a oposição se uniu sob a liderança de Ruhollah Khomeini, então exilado na França. Em abril do ano seguinte, ele e os oposicionistas declararam oficialmente que o Irã era uma República Islâmica cuja autoridade suprema é o chefe religioso, o aiatolá. Khomeini ocupou o cargo até sua morte, em 1989, e o regime ainda permanece o mesmo.

Terra prometida

Em meio a tantas histórias de interferência ocidental nos países islâmicos, o conflito que provoca a maior cisão entre o Ocidente judaico-cristão e o Oriente muçulmano vem sendo travado numa pequena porção de terra. Seus protagonistas são árabes e israelenses. Tudo começou na passagem do século 19 para o século 20, com o advento do movimento sionista, que lutava pela fundação de um Estado judeu na Palestina (área onde hoje está Israel). Na época, os judeus foram estimulados a migrar para a região, que então era uma província do Império Otomano administrada pelos britânicos de maioria muçulmana. Em 1922, os judeus representavam apenas 11% da população. Mas logo isso iria mudar.

Como conta o historiador inglês Albert Hourani em Uma História dos Povos Árabes, os britânicos não fizeram muito para conter o movimento, mesmo sabendo que o fluxo migratório judeu terminaria levando ao pedido de um Estado autônomo. Após a Segunda Guerra, as tensões na região aumentaram. “Os britânicos não tinham mais tanta liberdade de ação por causa de suas estreitas relações com os Estados Unidos e sua dependência econômica deles”, escreveu. O governo americano, por sua vez, pressionado por sua enorme e ativa comunidade judaica, inclinava-se a favor da fundação de um Estado controlado pelos judeus – que, a essa altura, já eram quase um terço da população na Palestina. Sob o impacto das recentes revelações do martírio imposto aos judeus pelos nazistas durante a Segunda Guerra, a idéia ganhou legitimidade.

Apesar do protesto dos países árabes, a Assembléia Geral das Nações Unidas aprovou, em 1947, um plano prevendo a fundação do Estado judaico. Para boa parte dos muçulmanos, a perda da Palestina se tornou o maior símbolo da humilhação que os países islâmicos passaram nas mãos das potências ocidentais. Os árabes que perderam seus lares com a independência de Israel estavam se transformando, na visão do escritor palestino Edward W. Said, nas “vítimas das vítimas” – se os judeus haviam sido vítimas de nazistas, os palestinos não entendiam por que deveriam arcar com outro sacrifício.

Inconformado, o mundo árabe enviou forças para lutar contra o Exército de Israel. Egípcios, jordanianos, iraquianos, sírios e libaneses atacaram o país em 1948, logo após sua declaração de independência. O saldo da guerra, contudo, beneficiou os vitoriosos judeus: em 1949, cerca de 75% da Palestina foi incluída dentro da fronteira de Israel (pouca gente no Ocidente se mostrou sensível aos 750 mil palestinos que foram exilados). Para piorar a situação, os países árabes atacaram novamente. Foram humilhados pela derrota na Guerra dos Seis Dias, em 1967. O segundo fracasso parecia confirmar a tese de que os muçulmanos não seriam bem sucedidos enquanto não fossem governados segundo as estritas regras da “visão original do Islã”. Esse tipo de ideologia, inspirado em leituras radicais do Alcorão, influenciou grupos como o Talibã (que, na língua pashtun, quer dizer “estudantes”, numa referência ao fato de seus fundadores terem se formado nas madrasahs – escolas islâmicas conservadoras – do Paquistão).

Em 1994, o Talibã assumiu o poder no Afeganistão, determinado a resgatar a “pureza islâmica”. Na prática, o regime reintroduziu castigos como o apedrejamento e a mutilação, impediu as mulheres de atuar profissionalmente e de sair nas ruas sem véus e proibiu toda transmissão de informação que não estivesse de acordo com a ortodoxia religiosa. Mesmo representando o pensamento de uma minoria, eles acertaram em cheio os corações de milhares de muçulmanos com baixa auto-estima – e seguem manchando a imagem da comunidade islâmica, já que tal minoria reúne desde terroristas do grupo Hamas até o líder da temida Al Qaeda, Osama bin Laden.



Impasses do Islã

A escalada da violência e do extremismo religioso tem reforçado no Ocidente o preconceito contra o mundo muçulmano. Enquanto as diferenças entre culturas afloram, as semelhanças perdem força. Poucos cristãos costumam lembrar, por exemplo, que Jesus é um dos grandes profetas do Islã, ao lado de Moisés e Maomé. Ao procurarem citações de violência no Alcorão, muitos se esquecem de que nele há mais citações de Maria que em todo o Novo Testamento – a mãe de Jesus é considerada um exemplo de mulher a ser seguida. Mas a força dessas semelhanças, é claro, não é capaz de concorrer com a terrível imagem de um Boeing 767 se chocando contra uma das torres do World Trade Center.

Para os historiadores, isso não significa, é claro, que aspectos como a discriminação contra a mulher, a violência e a repressão em vários países muçulmanos devam ser relativizados (veja quadro na pág. 32). Significa apenas que boa parte do que ocorrerá nesses países vai depender da forma como o Ocidente irá compreender (ou não) os impasses do mundo muçulmano. A guerra civil no Iraque é um exemplo de como a tentativa ocidental de extinguir a ameaça dos terroristas pode se tornar, no decorrer do caminho, uma verdadeira fábrica de novos homens-bomba, cujo ardor suicida é quase incompreensível para o Ocidente. Mas, como lembra a historiadora Karen Armstrong, quando o império islâmico estava em seu apogeu e os cristãos acuados, no século 11, eram os governantes muçulmanos que não entendiam por que alguns seguidores de Jesus, em vez de guardarem sua fé na intimidade, blasfemavam contra Maomé publicamente mesmo sabendo que isso os condenaria à morte. Hoje, muitos deles são mártires da Igreja, cultuados como santos por milhões de católicos.



Islã global

O mundo muçulmano é bem maior do que o mundo árabe

Diferentemente do que o noticiário faz parecer, os povos de língua árabe representam apenas cerca de 20% dos 1,2 bilhão de muçulmanos do mundo. As comunidades islâmicas mais vastas vivem em países de língua não-árabe, como a Indonésia e o Paquistão.

Fundamentalistas ou totalitários?

As ditaduras islâmicas distorcem a religião em nome do poder

Em um mundo tão politicamente correto, nem sempre é fácil estabelecer o limite entre o que é respeito à diversidade e o que é violação a direitos básicos. O uso do véu pelas muçulmanas é um caso típico: enquanto boa parte do Ocidente o vê como um sinal de atraso e discriminação contra a mulher, muitas muçulmanas se ofendem e argumentam que o pior é a “ditadura da moda ocidental”, que obrigaria as mulheres a seguir um padrão de beleza inatingível. Não é à toa que, na França, muçulmanas têm protestado contra a decisão do governo de impedir o uso do véu em instituições públicas de ensino. Mas em lugares como o Irã o uso do véu não é uma opção. É lei. Em mesquitas, universidades e até mercados de muitos países islâmicos, há espaços demarcados para segregar as mulheres dos homens. Na Arábia Saudita, elas sequer podem dirigir um automóvel – e como o Alcorão surgiu no século 7, quando o camelo era o único meio de transporte da região, é difícil argumentar que haja alguma base religiosa para essa proibição. Toda vez que um grupo religioso toma o poder prometendo resgatar a pureza do Islã, o que se vê em seguida é mais repressão. Foi o que sentiu na pele Shirin Ebadi, ativista pelos direitos humanos no Irã e prêmio Nobel da Paz de 2003. Pouco antes da revolução islâmica no país, em 1979, ela havia se tornado a primeira iraniana a exercer o cargo de juíza, chegando a presidir o tribunal da capital, Teerã. Após chegar ao poder, o aiatolá Khomeini afirmou que a magistratura era “incompatível com o caráter demasiado emocional das mulheres”. Pronto: Shirin Ebadi foi forçada a abandonar o cargo e, desde então, tem se dedicado à luta pelos direitos humanos, investigando a morte de intelectuais perseguidos pelo regime. Ao receber o Nobel, em 2003, Shirin, que é muçulmana, defendeu a separação entre Estado e religião e lembrou que não há nenhuma contradição em defender a democracia e praticar o Islã. Alguns autores, aliás, não utilizam o termo “fundamentalismo islâmico” para denominar os grupos extremistas que instauram ditaduras violentas em alguns desses países. Esse é o caso de Ali Kamel, diretor-executivo de jornalismo da Rede Globo, que está escrevendo um livro sobre o Islã. De acordo com ele, chamá-los de “fundamentalistas” termina enobrecendo esses grupos, como se eles tivessem o propósito de seguir os preceitos fundamentais dos muçulmanos. “Eles estão mais perto de Hitler do que de fanáticos religiosos como Jim Jones”, diz Kamel. “E devem ser chamados pelo nome certo: totalitários do Islã.”

Um dia sob dois véus

Acompanhe a rotina de duas sauditas

Giovana Sanchez

História entrevistou duas muçulmanas da Arábia Saudita sobre seus cotidianos. Ambas respeitam o horário das rezas (que duram de 5 a 8 minutos e não podem ser feitas durante a menstruação nem no pós-parto) e vestem “abaya” (véu que cobre o corpo e parte do rosto). As duas agradecem a Alá por serem as únicas esposas de seus maridos.

Fatma Fahad Al-Dukhain, saudita, 49 anos, casada, sete filhos. Dona-de-casa, cursou o ensino fundamental. Mora em Riad, capital saudita.

5h03 - Salát Fajr (oração da manhã)

7h - Ela prepara e serve o café, com ovos, queijo e pão preto. Depois despacha as crianças para a escola com o motorista.

9h - Hora da faxina, de cozinhar e cuidar dos bichos de estimação (três papagaios, 12 outras aves e coelhos). Alguns dias da semana treina direção. Quer ser a primeira saudita a ter carteira de motorista. “Vai ser em breve.”

11h53 - Salát Dhuhr (oração do meio-dia)

15h - Com a ajuda de uma empregada, Fatma prepara o almoço para os filhos, recém-chegados das escolas. À mesa, carnes ou peixes.

15h44 - Salát Asfr (oração da tarde)

17h - Um motorista leva Fatma à instituição feminina para trabalhos voluntários, ao shopping ou ao cabeleireiro.

18h43 - Salát Maghreb (oração do pôr-do-sol)

19h - O jantar é servido: pratos leves, como sopa de vegetais com carne. A família janta unida. Após a refeição eles conversam, assistem à tevê. Fatma gosta de ler revistas.

20h09 - Salát Isha (oração do anoitecer)

21h - Fatma e o marido recebem, geralmente, amigos e parentes. “Nós temos uma casa grande e gostamos de ter amigos por perto.” Quando está sem companhia, Fatma assiste a filmes árabes na tevê, acompanha o noticiário e às vezes navega na internet, para checar e-mails.

23h - Fatma vai para a cama.

Samar Fatany, saudita, 52 anos, casada, três filhos. Formada em Comunição, publicou dois livros, apresenta um programa de rádio. Vive na cidade de Jeddah.

5h03 - Salát Fajr (oração da manhã)

7h - O desjejum começa com chá, torradas e cereais e termina com café turco (de sabor muito forte). A família de Samar está reunida.

9h - Samar chega à rádio Jeddah. Redige reportagens e apresenta um programa, com entrevistas feitas também por ela.

11h53 - Salát Dhuhr (oração do meio-dia)

15h - Volta para casa. Quem cuida da limpeza é a empregada e, nesse horário, Samar geralmente aproveita para terminar alguma atividade da rádio e checar e-mails enquanto os filhos não chegam – dois meninos estão na faculdade e uma menina termina o ensino fundamental.

15h44 - Salát Asfr (oração da tarde)

16h30 - O almoço feito pela cozinheira é servido: frango ou carnes grelhadas, saladas e frutas.

17h30 - Todos repousam durante uma hora.

18h43 - Salát Maghreb (oração do pôr-do-sol)

20h - O marido de Samar chega do trabalho. O jantar é substituído por um lanche (chá com biscoitos e torradas). Todo o clã se encontra. Depois, os filhos vão encontrar os amigos e Samar assiste a filmes e programas árabes na tevê.]

20h09 - Salát Isha (oração do anoitecer)

23h - Antes de dormir, Samar lê jornais e revistas. Nos fins de semana (quinta e sexta, na Arábia Saudita) vai a restaurantes e visita amigos.

Sexo no Islã

De acordo com o Alcorão, o sexo só é permitido dentro do casamento. E o assunto é tratado com receio em comunidades tradicionais e religiosas. Mas uma mulher quebrou o gelo: após concluir seu doutorado em Sexualidade na Universidade do Cairo, no Egito, a médica Heba Kotb, 39 anos, tornou-se apresentadora de um programa sobre o tema na televisão. Duas vezes por semana, ela fala abertamente sobre masturbação, noite de núpcias, métodos contraceptivos etc.

Para ela, o sexo é um presente de Alá para a humanidade. Para aproveitá-lo, é necessário que as pessoas consigam controlar seu comportamento de acordo com a ética social e pessoal. E que se livrem do medo, da vergonha e da culpa. “As mulheres sofrem mais com os problemas sexuais. A maioria não está satisfeita e não sabe como expressar seu desagrado”, explica a doutora, que atende cerca de 20 pacientes por dia em seu consultório no Cairo.


Saiba mais
Livros

Uma História dos Povos Árabes, Albert Hourani, Companhia das Letras, 1994

Vasto e elegante panorama sobre o mundo árabe, de antes de Maomé até os conflitos mais recentes.

O Islã, Karen Armstrong, Objetiva, 2001

Resumo da história do islamismo, revela como os movimentos extremistas surgiram em reação ao domínio colonial do Ocidente.

O Que Deu Errado no Oriente Médio?, Bernard Lewis, Jorge Zahar, 2002

O polêmico historiador vai em busca das causas da decadência do poder do mundo islâmico diante da emergência das potências européias.

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Visite esses!

Lista de blogs e sites onde tem tudo de História... é escolher e estudar!!!
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sexta-feira, 14 de maio de 2010

Exercícios de Brasil - 2o ano - até o 23

ESTUDO 2 – A formação de Portugal. (livro página 31)

1. Desde o início da idade Média que os muçulmanos haviam entrado na Europa Ocidental. A partir do século XI, com a formação dos reinos de Leão, Castela , Navarra e Aragão a guerra de Reconquista ganhou mais expressão. A constante mobilização para a guerra reforçou o poder do rei como chefe militar, facilitando a centralização política. O feudalismo em Portugal, diferente das demais regiões da Europa, não possuía características de descentralização política.

2. A Dinastia de Borgonha era caracterizada pela luta intensa de Portugal contra os mouros e pela progressiva reconquista de territórios, consolidando finalmente seus limites com a incorporação da região de Algarve. A sociedade portuguesa possuía uma pequena burguesia, que enriqueceu com o comércio. A sociedade era aristocrática, os burgueses faziam parte do povo, por serem de origem plebéia.

3. Porque o poder continuava nas mãos na nobreza. O Estado passou a cobrar as sisas e participava diretamente da economia , principalmente no comercio marítimo, na construção naval e na montagem de redes de feitorias. Ele se beneficiava duplamente: como empresário, recebendo lucros e como governo recebendo impostos alfandegários, criando e explorando diretamente monopólios régios (estancos) ou vendendo o direito de sua exploração a particulares.

4. Durante a Baixa Idade Média, ocorreu em Portugal a denominada Revolução de Avis (1383-1385), que resultou em uma mudança dinástica, cuja principal conseqüência foi o início do processo de expansão ultramarina, que levaria às conquistas no Oriente, além da ocupação e do desenvolvimento econômico da América portuguesa.

5. Portugal passou a intervir diretamente na economia como empresário, recebendo lucros e como governo recebendo impostos alfandegários, criando e explorando diretamente monopólios régios (estancos) ou vendendo o direito de sua exploração a particulares.

6. A pesar de ter sido o pioneiro nas navegações, Portugal não soube investir na produção.
7. O mercantilismo tinha como principal característica a intervenção direta do Estado na economia, isso o tornava antes de tudo empreendedor.



ESTUDO 3 – A expansão ultramarina portuguesa. (livro página 41)

1. O comércio nessa época começou a ser visto tanto pela burguesia quanto pela nobreza como uma excelente fonte de riqueza. Além disso o Estado também era “mercador”.
2. A tomada de Ceuta possuía dois propósitos. A nobreza estava interessada em adquirir terras e a burguesia mercantil em maximizar seus lucros.
3. Estabeleceram a exploração do ouro e do tráfico de escravos. Montaram feitorias em toda costa africana.
4. Buscavam novas terras para explorarem e um caminho alternativo as Índias para adquirirem especiarias, uma vez que o caminho tradicional estava tomado pelos turcos otomanos.
5. Os cristãos-novos eram judeus convertidos ao catolicismo. Eram grandes comerciantes e investidores e representavam grande parte da riqueza de Portugal (através dos impostos que pagavam ao Estado).
6. Eram comerciantes, usurários, ourives, cirurgiões, sapateiros, alfaiates, ferreiros e banqueiros.
7. Porque originalmente não eram católicos e mesmo depois que se convertiam ainda eram vistos com muita reserva pois pensavam que só haviam se convertido para não sofrerem perseguições religiosas, o que acabaram sofrendo do mesmo jeito com a Inquisição.
8. Porque segundo a ordem aristocrática quem nasce pobre morre pobre. A origem da burguesia é plebéia. Os burgueses eram os antigos vilões que habitavam nos feudos, que com seu comercio acabaram equiparando suas riquezas com a nobreza.
9. Devido a retirada dos investimentos a economia portuguesa mergulhou em uma crise econômica.



ESTUDO 4 – O povoamento do Brasil. (livro página 49)

1. era quando o monopólio régio era transferido a particulares mediante pagamento de impostos a Coroa Portuguesa.
2. O sistema de capitanias hereditários fracassou principalmente devido a descentralização política que entrava em choque com a centralização metropolitana.Some-se a isso o fato de serem assimétricas, falta de recursos, ataques de índios hostis, dificuldade de comunicação, má administração etc.
3. O governo-geral foi criado com a finalidade de centralizar a administração. Com isso seriam reforçados os mecanismos de exploração colonial.

ESTUDO 5 – Indígenas e portugueses no Brasil. (livro página 57)

1. Porque para eles era uma forma de constituir uma sociedade de guerreiros onde através da guerra ocorria a exaltação da honra heróica e a gloria dos guerreiros.
2. Uma forma de adquirir as habilidades do homem que é comido.
3. Tomé de Sousa submeteu os índios amigos a sua autoridade e aniquilou os inimigos.
4. A partir das alianças a certos grupos indígenas as quais garantiam a proteção dos portugueses contra as outras tribos indígenas inimigas e também a proteção da terra, impondo autoridade e conquistando passo a passo o litoral.
5. Porque era a partir da mão-de-obra escrava, quer indígena ou africana, que se gerava a riqueza para a metrópole.
6. Não as mesmas regras indígenas. A regra maior era aprisionar para escravizar.
7. Os índios atualmente estão confinados em reservas e quer vezes ainda são ameaçadas pelo branco. Os índios estão aculturados e hoje não ultrapassam 300 mil indivíduos.

ESTUDO 6 – As bases econômicas da ocupação portuguesa. (livro página 64)

1. Porque logo que os portugueses chegaram ao Brasil, não encontraram metais preciosos. Como a cana era um produto muito bem cotado na Europa, com muita aceitação comercial, acabou se tornando a alternativa mais lucrativa, o “ouro” da colônia.
2. Porque a produção deveria ser em larga escala para atender as necessidades da metrópole e o latifúndio, permite essa relação. Desde a época das capitanias hereditárias os donatários distribuíam as chamadas sesmarias.
3. O engenho poderá ser a denominação do equipamento utilizado na produção do açúcar e o outro sentido era uma espécie de agroindústria açucareira integrada pela casa-grande, senzala, canavial, destilaria, casa de purgar, moenda etc.
4. Nos próprios engenhos havia uma agricultura de subsistência cultivada pelos escravos, geralmente entre os canaviais ou em terras destinadas somente para este cultivo.
5. Os lavradores livres eram senhores de terras e de escravos, pertencente a classe dominante, mas de posição inferior. No entanto, se obtivessem sucesso nos negócios, poderiam se tornar proprietários de um engenho real.
6. Porque o gado era usado em muitos engenhos como forca motriz ou para o transporte da produção açucareira para a exportação.

ESTUDO 7 – A constituição do Escravismo Colonial. (Livro página 71)

1.Os jesuítas eram contrários a escravização indiscriminada do indígena, excetuando em alguns casos como as guerras justas. Os colonos eram favoráveis uma vez que pensavam muito mais na mão-de-obra para suas fazendas. O Estado assumiu um discurso de evangelização e salvação da alma dos nativos.
2. Porque para o jesuíta a fé tinha que vir antes da cobiça e segundo eles os colonos eram meramente cobiçosos e não se preocupavam com a salvação da alma do índio.
3. O trafico negreiro se apresentou como solução para o conflito entre jesuítas e colonos porque para eles o negro não tinha alma e o tráfico constituía-se um negócio muito lucrativo para a Coroa Portuguesa.
4. O escravismo colonial era composto pelo tráfico negreiro e pela escravidão. Caracterizava-se pela estrutura mercantil, onde a produção estava voltada para o mercado externo, o que gerava vultosos lucros à metrópole.
5. O escravismo antigo, utilizado na sociedade grega e romana, era a partir de prisioneiros de guerra, dos povos vencidos e sua produção era muito mais para abastecimento da elite local que por sua vez controlava o Estado.O escravismo colonial era cultivado a partir do tráfico negreiro africano e a produção era voltada pêra o mercado externo. O escravismo africano tinha as mesmas bases do escravismo antigo: eram prisioneiros de guerra, povos vencidos, e a produção era destinada à elite local.
6. Porque foi só com a difusão do escravismo que a agroindústria açucareira se desenvolveu, podendo haver dessa forma a venda da produção e a compra de manufaturas apenas com a metrópole, iniciando realmente a colonização mercantil.
7. A acumulação de capitais da burguesia metropolitana e do Estado, a partir do sistema colonial, era garantido através dos “exclusivos metropolitanos” além dos impostos pagos à Coroa pelos colonos.



ESTUDO 8 – O Brasil e as Rivalidades Internacionais. (livro página 88)

1. Basicamente a rebelião contra a Espanha se deu com a ascensão de Filipe II, rei católico devoto. É suprimida a tolerância religiosa cultivada pelo seu pai Carlos V em relação aos Paises Baixos onde a maioria era de protestantes. Isso gerou revoltas imediatas contra a Espanha e a violenta tentativa de opressão.
2. A luta era mais atuante entre a classe dominante. Quando as províncias do sul perceberam que o povo começava a se envolver de maneira incisiva, decidiu abandonar a luta e se subordinar a Espanha com medo de seus privilégios serem sacrificados,
3. A União Ibérica união Portugal e Espanha sob o governo do rei espanhol Felipe II. Quando o rei impediu o comercio entre Portugal e Holanda, esta por ser uma antiga parceira comercial com Portugal no negocio do açúcar, para não perder os lucros auferidas da açúcar açucareira, decidiu invadir o nordeste, na época, maior produtor de açúcar.


ESTUDO 9 – O Brasil Holandês. (livro página 95)

1. O governo de Nassau foi marcado pela reorganização da produção açucareira, tolerância religiosa, concessão de empréstimos a juros moderados, incrementação dos engenhos, embelezamento de recife, incrementação da vida cultural , a vinda de médicos, artistas, cientistas entre outros, criação da Câmara dos Escabinos.

2. Déficit permanente devido aos gastos militares e administrativos, crescente polarização entre luso-brasileiros e holandeses, os Atos de Navegação da Inglaterra etc.

3. Foi a manifestação do descontentamento dos luso-brasileiros em relação a nova política dotada pelo Supremo Conselho, órgão que substituiu Nassau,. Em 1654, após muitas batalhas e atritos os holandeses foram definitivamente expulsos do Brasil.



ESTUDO 10 – A Restauração e a Nova Política Colonial. (livro página 98)


1. Com o fim da União Ibérica em 1640, Portugal estava com a economia mercantil abalada e o domínio de seus império colonial estava em ruínas. Na época, o Brasil era a sua colônia mais promissora.

2. Porque foi a partir do fim da União Ibérica que foi criado o Conselho Ultramarino, que centralizou o poder nas mãos da metrópole e mais do que nunca intensificou o exclusivo metropolitano tornando agora o Brasil uma colônia plena e de total exploração para o enriquecimento da metrópole.

3. O Conselho Ultramarino se tornou o órgão supremo da administração responsável por todos os negócios das colônias portuguesas. Ele representava, acima de tido, o rei português. Os donatários estavam subordinados totalmente aos governadores. No lugar do juiz que presidia as câmaras foram cocados juizes de fora nomeados pelo rei, subordinadas a estes juizes estavam as câmaras municipais, agora com o poder bem mais reduzido.



ESTUDO 11 – A Mineração. (livro página 111)


1. Afeta na medida que os emboabas se dirigiram a região central do Brasil (Mato Grosso e Goiás) onde descobriram novas jazidas gerando uma interiorização e povoamento de áreas além da linha de Tordesilhas.
2. Seguindo a economia colonial, a mineração era extensiva, usava a mão-de-obra mesmo que as vezes reduzida. A exploração de diamantes realizou-se nessas mesma exploração, soque muito mais intensa, inclusive na época de Pombal a Coroa passou a tributar muito mais a colônia.
3. 3. Houve a facilitação do comercio entre a região das minar e o Rio de janeiro, grande fornecedor de produtos e escoadouro de ouro. O trajeto era feito em bem menos tempo, cerca de 12 a 17 dias. Mais tarde o RJ passou a ser capital do Brasil.
4. Na capitação o quinto era cobrado por cabeça de escravos que o minerador possuísse. O Sistema de Fintas consistia no pagamento de 30 arrobas de ouro. As casas de fundição transformavam o ouro em barra e ali mesmo se retirava o quinto que passou a ser 100 arrobas. A derrama correspondia a cobrança dos quinto em atraso, isto é, a exigência de se completar as 100 arrobas.
5. Não, porque a mineração era fundamentada na mão-de-obra escrava. Isto concentrava a riqueza na mão de poucos, a elite, tal qual na sociedade açucareira. Igualmente havia pobreza e sofrimento de muitos, alem dos escravos serem considerados bestas de carga.
6. Como a exploração das minas era feito em tempo integral para que se obtivesse uma grande quantidade de ouro, a atividade mineradora necessitava de importar gêneros como comida. Com isso, ao redor das minas, foram se estabelecendo comerciantes., artesãos, tropeiro, quitandeiras etc. o que contribuiu com a urbanização dos arraiais.


ESTUDO 12 – A economia colonial no século XVIII. (livro página 118)


1. No inicio da colonização, a produção era praticamente toda voltada para o mercado externo, seguindo o principio do pacto colonial. Com a mineração, por volta do século XVIII foi se desenvolvendo uma economia de subsistência com o incremento de um mercado interno, e a medida que o mercado interno foi se fortalecendo, acabou desgastando a relação metrópole/colônia. Isso promoveu uma ruptura colonial
2. Sim, pois a mineração gerou a necessidade de produzir para a subsistência e com o desenvolvimento da pecuária. Com o declínio da mineração houve o fortalecimento do mercado interno passando a ser mais articulado principalmente depois da diversificação dos produtos agrícolas.
3. A critica encontra sentido quando estudamos que no Brasil se desenvolveu um mercado interno bastante articulado.






ESTUDO 13 – Colonização e formação territorial. (livro página 126)

1. Durante a União Ibérica , a Holanda dominou os centros fornecedores de escravos na África, ate então pertencente a Portugal. A falta de mão-de-obra levou vários bandeirantes a invadirem aldeias jesuítas em busca de índios para serem vendidos como escravos.
2. O bandeirismo, a pecuária, a mineração, a coleta das drogas do sertão contribuíram para que os portugueses fossem além do limite da linha de Tordesilhas.
3. Com o Tratado de Madri, regido pelo princípio do uti possidetis, a região dos Sete Povos das Missões deveriam ser entregue aos portugueses em troca da Colônia do Sacramento. Os jesuítas dos Sete Povos incitaram os índios guaranis a não permitirem tal posse. As Guerras Guaraníticas duraram de 1753 a 1756 terminando coma derrota indígena. No extremo norte, o índio passou a ser mão-de-obra preferida pois conhecia os segredos das matas e identificava com facilidade as drogas do sertão. Houve revoltas como por exemplo a Confederação dos Cariri, reprimida pelo sertanista de contrato Domingos Jorge Velho.

ESTUDO 14 – O Marquês de Pombal e a opressão colonial. (livro página 139)

1 Expulsão dos jesuítas de Portugal e de todos os seus domínios com a intenção de diminuir a influência da Companhia de Jesus, composta em sua maioria por nobres. Se tornaram muito ricos porque possuíam isenção tributária. Para fortalecer o Estado português ainda foi empreendida uma reforma administrativa gerando o fortalecimento do exclusivo metropolitano. Também foram criadas companhias de comercio etc.
2. Durante o século XVIII foi difundido na Europa o pensamento iluminista. Com o surgimento do despotismo esclarecido, uma forma de conciliar absolutismo e liberalismo, muitos reis e rainhas decidiram empreender reformas em seus estados, modernizando-os. Neste contexto, sob ao trono português D. Jose I, déspota esclarecido que nomeia como seu ministro, Sebastião José de Carvalho e Melo, o Marquês de Pombal, igualmente simpatizante do despotismo esclarecido.

ESTUDO 15 – HISTORIA GERAL

ESTUDO 16 – Rebeliões na Colônia. (livro página 159)

1. Porque a medida que a colonização se desenvolve, naturalmente é gerada uma classe dominante interna que desenvolve uma articulação comercial interna. Quando esse comércio se intensifica juntamente com a produção de uma riqueza interna, os interesses da colônia começam a destoar dos interesses metropolitanos.
2. O antigo sistema colonial estava baseado no mercantilismo e na exploração da monocultura, por exemplo. A escravidão seria, portanto uma peça fundamental, uma vez que, para uma produção em larga escala é necessário muita mão de obra, que na época era acessível e abundante.
3. Os inconfidentes questionavam o pacto colonial, queriam a ruptura completa com a metrópole. O movimento ganha importância por se tratar do primeiro movimento de caráter nacionalista, que buscava proclamar uma Republica, ocorrido no Brasil.
4. A conjuração poder ser considerada uma rebelião revolucionária porque possuía um projeto definido para abolir a escravidão. O movimento contava com pessoas de origem humilde e por isso ganhou um caráter mais social.



ESTUDO 17 – A presença britânica no Brasil (livro página 166)



1. Napoleão foi o grande consolidador e propagador dos idéias liberais da Revolução Francesa. Para tanto empreendeu uma série de guerras na Europa. O objetivo da política napoleônica era subordinar os paises europeus ao seu Império. Paises como a Prússia, a Rússia, a Áustria e a Inglaterra reagiram contra o seu domínio. Para prejudicar a economia inglesa, na Napoleão decretou o Bloqueio Continental, onde estabelecia que os paises que estivesses sob a sua jurisdição não poderiam mais manter contato comercial com a Inglaterra.
2. Apesar de Portugal estar sob o domínio francês, a economia portuguesa era estreitamente vinculada à inglesa. Com o Bloqueio Continental, Portugal viu-se em oposição à França. Diante da ameaça de Napoleão invadir o Reino Português, a Corte real fugiu para o Brasil.
3. A dependência econômica de Portugal em relação a Inglaterra, a demanda de tecidos ingleses eram superiores à de vinhos portugueses, A sociedade inglesa majoritariamente ligada aos interesses burgueses enquanto Portugal ainda se apegada a antiga sociedade estamental, o poderio naval inglês, a Revolução industrial etc.
4. Porque conferiam a Inglaterra tarifas alfandegárias preferenciais até inferiores às pagas por Portugal.
5. Porque foi principalmente a partir deles que a dependência econômica portuguesa aumentou em relação a Inglaterra.



ESTUDO 18 – O encaminhamento da emancipação política (livro página 172)

1. Por que D. João começou a efetivar medidas de caráter liberalizante e progressista como a abertura dos portos, pondo fim ao pacto colonial, o Alvará de 1 de Abril, permitindo manufaturas no Brasil, a elevação do Brasil à categoria de Reino Unido, com isso o Brasil deixou de ser uma colônia etc.
2. A necessidade do Brasil (uma vez que a Família Real portuguesa estava na colônia) ter direito a voto no Congresso de Viena, realizado com o objetivo de restaurar o Absolutismo na Europa após a derrota de Napoleão.



ESTUDO 19 – Revolução e Recolonização: as duas faces do liberalismo. (livro página 182)

1. A persistência dos privilégios dos comerciantes portugueses opondo grandes senhores rurais e toda a massa de homens livres não proprietários contra os portugueses e o quadro ideológico presente naquela sociedade.
2. O quadro ideológico girava em torno do pensamento ilustrado, iluminista e liberal.
3. O novo governo, através da Lei Orgânica defendia a liberdade de consciência, de imprensa, tolerância religiosa etc.
4. Existe uma semelhança, afinal ambas tiveram um caráter liberal. Tanto o programa dos revolucionários no Porto quanto os de Pernambuco continham aspirações liberais do Iluminismo.
5. Sim. O liberalismo para eles era limitado. Em Portugal se defendia a liberdade política, mas pretendiam recolonizar o Brasil Em Pernambuco, não havia um projeto político para a libertação dos escravos.. A liberdade defendida encontrava seu limite na porta da senzala.



ESTUDO 20 – A Separação Definitiva (livro página 189)

1. Havia a aristocracia rural do sudeste (partido brasileiro), a mais poderosa e conservadora, lutava pela separação política defendendo ao mesmo tempo a unidade territorial, a escravidão e os seus privilégios de classe, portanto conclui-se que queriam mudanças de acordo com os seus interesses. Havia também as camadas populares urbanas (liberais radicais), queriam a ruptura política e também a democratização da sociedade brasileira.E por fim a aristocracia rural do norte e nordeste, que defendiam um regime que desse às províncias relativa autonomia financeira, militar e administrativa, se caracterizava pela defesa do federalismo e mesmo do separatismo.
2. Após o conhecimento que as cortes portuguesas queriam recolonizar o Brasil, o partido brasileiro ficou alarmado com a recolonização iminente, mas também com a possibilidade de uma explosão revolucionaria. Essa nova situação favoreceu a polarização: colocou de uma lado o partido português que defendia a recolonização e do outro, o partido brasileiro e os liberais radicais que passaram a agir abertamente a favor da independência.
3. A aristocracia brasileira, funcionários públicos (que temiam perder seus empregos com o fim das repartições públicas) organizaram o Clube da Resistência, liderado por José Joaquim da Rocha, que começou a luta pela permanência do príncipe, que por sua vez se agradou da idéia emancipacionista, passando a ser peça chave nesse processo.
4. Porque eles dispunham dos meios efetivos para a realização dos seus objetivos. Primeiro o desejo de um comércio livre de entraves mercantilistas encontrava apoio em forças internacionais lideradas pela burguesia britânica. Depois, a sólida base econômica e social que garantia os recursos materiais para resistir à ameaça recolonizadora de Lisboa.

ESTUDO 21 – HISTORIA GERAL.


ESTUDO 22 – O Primeiro Reinado (livro página 221)

1. Antes da independência não se percebia as diferenças entre liberais e democratas uma vez que ambos estavam unidos contra Portugal. Conquistada a independência as diferenças começaram a aparecer.
2. Primeiro havia os que defendiam um poder central forte. Segundo, havia aqueles que estavam a favor de um poder descentralizado, federalista e por terceiro, havia aqueles que defendiam a igualdade social, portanto, mais afinados com o ideal democrático.
3. José Bonifácio pertencia à elite econômica e social do Brasil, mas tinha formação ilustrada européia, isto porque viveu em Portugal dos 20 aos 56 anos e viajou bastante pela Europa. Logo defendia o trabalho assalariado e condenava a escravidão, no entanto era traído pela sua origem social, pois desconfiava do povo, revelando um grande aristocrata.
4. O anteprojeto possuía caráter marcadamente antiabsolutista, anticolonialista, xenófoba, especialmente contra portugueses, além de vincular o voto à capacidade de produzir farinha de mandioca.
5. Para o imperador representou um desgaste político uma vez que tanto a aristocracia quanto os radicais perceberam seu absolutismo.
6. Criado para garantir a harmonia entre os outros três poderes, acabou se tornado núcleo do verdadeiro poder. Exercido pelo imperador, o poder Moderador se tornou instrumento de sua vontade pessoal, de seu absolutismo.
7. Após a independência iniciaram conflitos ideológicos muito sérios no Brasil. Houve polarização política em torno do rumo que se daria ao país após a emancipação. Conservadores, progressistas,, democráticos disputavam entre si a liderança.

ESTUDO 23 – Resistência ao Absolutismo (livro página 227)

1. A dissolução da Constituinte gerou muito descontentamento no nordeste. Os presidentes de Província eram escolhidos pelo imperador, de modo que, mesmo depois da independência, não foi alterado o quadro de dependência para as províncias.
2. Apesar de não pretenderem a abolição da escravidão, pode-se dizer que sim, pois defendiam a formação de um Estado desvinculado do Império, cujas bases eram de um governo representativo e republicano, fundado numa organização federativa, garantindo a autonomia das províncias confederadas (Pernambuco, Ceará, Paraíba e Rio Grande do Norte.)
3. Evaristo da Veiga e Bernardo Pereira de Vasconcelos caracterizou-se basicamente pela defesa de uma monarquia constitucional e tinha como alvo de ataque a autocracia imperial. Valorizavam os temas clássicos do liberalismo.

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Exercícios de Brasil - 50 questões

Exercícios

Por: Adenilson Americo Gomes professor de História do CMCG,

In http://www.mundovestibular.com.br/articles/9182/1/Exercicios-de-Historia-do-Brasil/Paacutegina1.html

1. “Jean de Léry, em seu livro Viagem à terra do Brasil, fala do estranhamento que os tupinambás tinham com relação ao interesse dos europeus pelo pau-brasil: “Uma vez um velho perguntoume:
Por que vindes vós outros, mairs e perôs (franceses e portugueses) buscar lenha de tão longe para vos aquecer? Não tendes madeira em vossa terra? Respondi que tínhamos muita mas não daquela qualidade, e que não a queimávamos, como ele o supunha, mas dela extraíamos tinta para tingir (...). Retrucou o velho imediatamente: e porventura precisais de muito? – Sim, respondi-lhe, pois no nosso país existem negociantes que possuem mais panos, facas, tesouras, espelhos e outras mercadorias do que podeis imaginar, e um só deles compra todo o pau-brasil com que muitos navios voltam carregados.”
In: LÉRY, Jean de. Viagem à terra do Brasil. Belo Horizonte, Ed. Itatiaia, São Paulo, Ed. USP, 1980, p. 168-9.

Com base no seu conhecimento da história das primeiras décadas da colonização do Brasil, coloque V, se for verdadeiro ou F se for falso:
( ) Alguns Estados europeus não reconheciam o direito de Portugal sobre a “nova terra” e, dessa forma, empreendiam incursões a fim de disputar a posse das riquezas naturais nela existentes.
( ) O pau-brasil, árvore então encontrada em abundância na Floresta Atlântica, era o principal produto brasileiro comercializado na Europa, onde o utilizavam como
matéria-prima nas manufaturas têxteis.
( ) Na exploração econômica do pau-brasil, o escambo representou a principal forma de relações comerciais entre europeus e indígenas da América Portuguesa.
( ) A exploração do pau-brasil só se tornou economicamente rentável para os portugueses com a introdução da mão-de-obra escrava africana.
( ) Tanto franceses como portugueses aproveitavam-se das desavenças entre grupos tribais para a obtenção de homens para o trabalho e para a guerra.
( ) A presença de Jean de Léry em solo brasileiro está associada ao episódio da criação da França Austral, momento em que aquela potência expandiu os seus domínios até o extremo sul do continente americano.

2. A produção de açúcar, desenvolvida no Nordeste brasileiro a partir do século XVI,
a) priorizou o uso de mão-de-obra indígena, graças ao domínio da técnica de cultivo;
b) promoveu a organização de uma sociedade aristocrática, patriarcal e escravista;
c) foi financiada por capitais da Coroa e da burguesia lusitana;
d) gerou uma economia monocultora e voltada para o mercado interno;
e) realizou-se em latifúndios, favorecendo o povoamento do sertão.


3. A respeito da economia e da sociedade no Brasil Colônia, é correto afirmar que:
a) no nordeste, a atividade pecuária ficou vinculada ao engenho, utilizando trabalho escravo negro e pouco contribuindo para a colonização do sertão;
b) na região das Minas, o surgimento de irmandades ou confrarias, que em geral se organizavam de acordo com linhas raciais definidas, estimulou a arte sacra barroca;
c) com o desenvolvimento da economia açucareira, as relações sociais foram adquirindo caráter aberto, favorecendo a mobilidade social de mestiços e homens brancos pobres;
d) as missões religiosas formadas pelos jesuítas visavam, através da catequese, preparar os indígenas para viverem integrados à sociedade dos brancos como mão-de-obra escrava.

4. Eram direitos dos donatários:
a) fundar vilas, conceder sesmarias e cobrar impostos;
b) a redízima, a vintena e a transferência da capitania para outro donatário;
c) fundar vilas, a redízima e a transferência da capitania para outro donatário;
d) a redízima, a cobrança de impostos e a venda da capitania para qualquer outro nobre;
e) fundar vilas, a vintena e a venda da capitania para qualquer outro nobre.

5. A economia colonial brasileira
a) possibilitou a comercialização direta dos produtos coloniais brasileiros com vários reinos europeus e vice-reinos coloniais americanos.
b) foi a base para a formação e o desenvolvimento da Companhia das Índias Ocidentais, com sede em amsterdã.
c) estimulou a produção de açúcar de cana na Europa.
d) tem, com a produção do tabaco e a exportação das ervas do sertão, os maiores lucros do período.
e) enquadrava-se nos interesses comerciais europeus que geraram a colonização.

6. O “ministério das capacidades” foi nomeado por:
a) D. Pedro I b) Padre Feijó c) Araújo Lima
d) Pedro II e) Evaristo da Veiga

7. .Os movimentos nativistas mais embasados filosoficamente pelas idéias iluministas foram:
a) Revolta Beckman e Guerra dos Mascates
b) Guerra dos Emboabas e Revolta de Felipe dos Santos
c) Revolta Beckman e Inconfidência Mineira
d) Revolta de Felipe dos Santos e Revolução dos Alfaiates
e) Inconfidência Mineira e Revolução dos Alfaiates
.

8. A Guerra Guaranítica é um episódio da História do Brasil referente a conquista e colonização do:
a) Maranhão b) Mato Grosso c) Sul do Brasil
d) Ceará e) Pará

9. Examinando a transmigração da Família Real para o Brasil pode mos concluir que:
I – Foi um ato voluntário e isolado de Portugal, sem vinculação com o contexto político europeu:
II – No campo econômico provocou profundas mudanças no Brasil.
III – Abriu caminho para soberania nacional.
IV – A posição comercial inglesa foi mais favorecida que a dos portugueses.

Com base na análise, assinale a alternativa correta.
a) Somente II, III e IV estão corretas.
b) Somente II e IV estão corretas.
c) Somente III e IV estão corretas.
d) Somente I, II e III estão corretas.
e) Todas estão corretas.

10. A Missão Saraiva é um fato ligado a nossa política externa como o (a):
a) Vaticano b) Uruguai c) Inglaterra d) Argentina e) Peru
11. A política de Rui Barbosa, conhecida como "Encilhamento” , favoreceu:
a) o desenvolvimento das artes em geral;
b) a educação escolar básica
c) a primeira crise econômica do governo republicano
d) a aprimoramento das relações da Igreja com o Estado;
e) o estabelecimento do governo provisório.

12. O primeiro presidente civil da República foi:
a)Hermes da fonseca b)Deodoro da Fonseca
c)Floriano Peixoto d)Prudente de Morais
e)Campos Sales

13. A modernização, da cidade do Rio de Janeiro pelo prefeito Pereira Passos e a tentativa do higienista Osvaldo Cruz de erradicar a febre amarela e a varíola das terras cariocas são fatos ocorridos no governo de:
a)Afonso Pena b)Epitácio Pessoa
c)Venceslau Brás d)Rodrigues Alves
e)Deodoro da Fonseca

14. Proclamada a República do Brasil, formou-se um governo provisório sob a chefia de Deodoro da Fonseca. São episódios desse governo:
a)Convênio de Taubaté e Funding Loan
b) Grande naturalização e a Revolta da Chibata
c) Revolta de Canudos e a Campanha Civilista
d)Revolta da Chibata e a Revolução Federalista
e)Grande naturalização e o Encilhamento

15. "Façamos a Revolução antes que o povo a faça", foi uma afirmação, nos convulsionados dias de 1930, proferidas por um dos chefes da Aliança Liberal:
a)Antônio Carlos de Andrada
b) Virgílio de Melo e Franco
c) João Neves Fontoura
d) Júlio Prestes
e)Washington Luís

16. O episódio conhecido com “Os 18 do Forte” marcou:
a) começo da Revolução de 1824
b) formação da Coluna Prestes
c) Rendição de Canudos
d) Derrubada da República Velha
e) Primeira revolta ligada ao movimento tenentista

17. A chamada Política dos Governadores, instituída a partir do governo de Campos Salles, caracterizava-se por:
a) permitir que a escolha do Presidente da República fosse resultado de um consenso entre os governadores;
b) tornar os governadores um mero instrumento do poder do Presidente da República;
c) fortalecer os governadores como o principal instrumento para garantir a estabilidade política entre as oligarquias regionais;
d) tornar os governadores representantes de um federalismo liberal e democrático;
e) promover, através dos governadores, a desarticulação das oligarquias locais.

18. A Revolução Federalista no Rio Grande do Sul e o levante de Canudos foram dois graves problemas com que se defrontou o governo de:
a) Floriano Peixoto b) Campos Salles
c) Prudente de Morais d)Hermes da Fonseca
e)Rodrigues Alves.

19. O início da política de valorização do café surge no governo de Rodrigues Alves, durante:
a) a Conferência de Itu b) o Funding Loan
c)o Convênio de Taubaté d) o Encilhamento
e)a política das Salvações

20. A Primeira Guerra mundial pode ser considerada fator de aceleração do processo econômico brasileiro porque:
a) dificultou as importações, originando a “ indústria de substituições”;
b) desenvolveu no Brasil uma indústria bélica para abastecer os aliados;
c) desenvolveu no Brasil uma indústria de base, com intuito de fornecer máquinas para os países aliados; aumentou as relações comerciais com os países do eixo;
d) provocou o desenvolvimento agropecuário no Nordeste para abastecer os Aliados.

21. A política externa da Primeira República, entre 1889 e 1930, é dominada em sua maior parte pela ação do Barão do Rio Branco. A ela encontra-se ligado o “Tratado de Petropólis” , de 1903, garantindo-nos a posse do Acre e a exploração econômica do seguinte produto:
a) juta b) petróleo c)borracha
d)madeira e)papel

22. A maior parte dos litígios fronteiriços do Brasil, durante a República Velha foi resolvida através:
a) da luta armada b) da compra do território contestado
c) do arbitramento d)do plebiscito na área em litígio
e) por determinação da ONU

23. A solução para o problema que surgiu entre a Argentina e Brasil sobre a posse da região de Palmas ( oeste de Santa Catarina), no início deste século, foi feita por:
a)ação militar do executivo brasileiro que venceu as forças argentinas;
b)arbitramento do presidente norte-americano Grover Cleveland que deu ganho de causa ao Brasil;
c)trocas territoriais decididas por diplomatas de ambos os países;
d) divisão da área entre as duas nações, decidida pelo árbitro suíço Walter Hauser;
e)pagamento de indenização do governo brasileiro ao argentino após negociações diplomáticas.

24. A Aliança Liberal” defendendo o lema “ Representação e Justiça”, apresentou na campanha pela sucessão presidencial a chapa formada por:
a) Nilo Peçanha – J. Seabra
b) Hermes da Fonseca – Venceslau Brás
c) Afonso Pena – Nilo

Peçanha
d) Washington Luís – Melo Viana
e) Getúlio Vargas – João Pessoa

25. Sobre a Constituição de 1937, outorgada por Getúlio Vargas, que, através dela, institui o Estado Nacional, podemos afirmar que:
a) separou o Estado da Igreja
b) Aboliu o cargo de Vice Presidente da República
c) Permitiu o voto das mulheres
d) Estabeleceu o voto secreto
e) Denominou-se constituição da mandioca

26. A implantação do estado Novo no Brasil significa:
a)proscrição do Partido Comunista
b) a consolidação do Integralismo
c)a vinculação da política externa brasileira ao eixo Roma-Berlim
d)uma vitória pessoal do presidente Getúlio Vargas
e)a extinção do federalismo republicano.

27. Entre as iniciativas de Getúlio Vargas em 1930, destaca-se a criação do:
a) Programa de Integração Social
b) Departamento Nacional de Telecomunicações
c) Ministério da Indústria, Comércio e Trabalho
d) Instituto Nacional de Previdência Social
e) Partido Trabalhista Brasileiro

28. De um ponto de vista externo, a queda de Vargas em 1945 está vinculada:
a)à queda dos regimes totalitários fascistas no fim da Segunda Guerra Mundial;
b)às pressões dos Estados Unidos da América, interessados em governos democráticos em todo o continente;
c)ao apoio dado pela Forças Armadas dos EUA aos militares brasileiros, responsáveis pela queda do ditador gaúcho;
d)à perda de prestígio internacional, já que o ditador apoiava os regimes totalitários da Itália e da Alemanha;
e)às ligações econômicas, políticas e ideológicas entre o governo brasileiro e as potências do eixo.

29. O “Manifesto dos Mineiros” (1943), que contou com a assinatura de Milton Campos, Pedro Aleixo e Magalhães Pinto, entre outros foi uma:
a)manifestação contrária ao esquerdismo na política brasileira;
b)posição assumida pelo empresariado contra o imperialismo norte americano;
c)denúncia contra a influência da Ação Integralista Brasileira;
d)demonstração de apoio ao governo de Getúlio Vargas;
e)definição de políticos liberais em relação ao Estado Novo;

30. A criação da Petrobrás, monopolizando a prospecção e a refinação de petróleo no Brasil, ocorreu no governo de:
a)Juscelino b)João Goulart c)Dutra
d)Getúlio Vargas e)Castelo Branco

31. Dentre as metas prioritárias contidas no plano de governo de Juscelino Kubitchek, podemos citar:
a)a integração da indústria básica e a política externa independente;
b)a indústria nuclear, à construção naval e a colonização do Oeste;
c)a indústria básica, a educação e a liderança brasileira no Terceiro Mundo;
d)a construção de Brasília, a indústria Bélica e a integração nacional;
e)energia, indústria básica e transportes.

32. O cargo de Presidente do Conselho de Ministros no regime parlamentarista instalado no Brasil em 1961 foi primeiramente exercido por:
a) Raul Pila b)Tancredo Neves c)Moura Andrade
d)Delfim Neto e)Santiago Dantas

33. Ao iniciar a execução do Plano Trienal, plano de combate a inflação e de promoção do desenvolvimento econômico do Brasil, João Goulart tinha á frente do Ministério do Planejamento e Coordenação Econômica:
a)Darci Ribeiro b)Delfim Neto
C)Celso Furtado d)Roberto Campos e) Santiago Campos

34. O Banco Nacional da Habitação e o Banco Central são criações do governo de:
a)João Goulart b)Médici c)Castelo Branco
d)Getúlio Vargas e)Geisel

35. A partir de 1964 é meta governamental um amplo desenvolvimento no campo econômico. Para que esse objetivo seja alcançado foram feitos sucessivos planejamentos. O que esteve em execução no governo Médici foi:
a)Plano de Ação Econômica do Governo (PAEG)
b)Plano Salte
c)Plano Cohen
d)I Plano Nacional de Desenvolvimento(IPND)
e) Plano Qüinqüenal

36. O governo de Médici destacou-se pelas seguintes realizações:
a)instalações das hidrelétricas de Furnas e Itaipú;
b) criação da Sudam e da Sudene;
c) Criação do PIS e do PRORURAL
d)construção das rodovias Transamazônica e Belém-e)Brasília implantação da indústria naval e desenvolvimento da energia nuclear.

37. Durante o governo de Dutra (1946-1951) são verdadeiras as afirmativas referentes à política externa brasileira, exceto:
a) o alinhamento do Brasil com os EUA para a defesa do continente e na luta contra o comunismo;
b)a assinatura do Tratado Interamericano de Assistência Recíproca (TIAR);
c) a assinatura da Carta de Bogotá, da qual resultou a Organização dos Estados Americanos (OEA);
d) o rompimento das relações com a URSS;
e)política externa independente, visando assumir a liderança entre os países do Terceiro Mundo, sobretudo na América Latina.

38. Durante o governo do Presidente Jânio Quadros forma alteradas as diretrizes da política externa. Essas alterações ficaram conhecidas como:
a)política externa independente, com aproximação comercial e cultural dos países africanos, especialmente os de língua portuguesa;
b)política externa independente, com aproximação cultural e econômica dos países da Europa Central e Ocidental;
c)política externa independente, com aproximação comercial e industrial, dos países comunistas;
d) política externa dependente, com definição do pragamatismo econômico sob a direção norte-americana
e) política externa dependente, com aproximação comercial e cultural dos países latino-americanos.

39. A abertura de relações diplomáticas com a República Popular da China favorecendo o escoamento de produtos brasileiros para este amplo mercado, assim como a assinatura do Acordo Nuclear Brasil- Alemanha são realizações do governo;
a)Castelo Branco b)Costa e Silva
c)Médici d)ErnestoGeisel e)Figueiredo


40. Os reis de Portugal D. João I e D. Sebastião pertenceram, respectivamente, às dinastias de:
(A) Borgonha e Avis (B) Avis e Bragança
(E) Borgonha e Bragança
(C) Bragança e Avis (D) Avis e Avis

41. Sobre a expansão marítima portuguesa podemos concluir que:
I - Foi iniciada com a conquista de Ceuta.
II - Visava fundar colônias de povoamento nas costas africanas.
III - O objetivo final seria fundar feitorias em Calicute e expandir a fé cristã.
IV- Ficou conhecida como ciclo oriental.
Com base na avaliação das afirmativas apresentadas, assinale a alternativa correta:
(A) Todas as afirmativas são verdadeiras
(B) São verdadeiras as afirmativas I, II e III
(C) São verdadeiras as afirmativas I, II e IV
(D) São verdadeiras as afirmativas I, III e IV
(E) São verdadeiras as afirmativas II, III e IV

42. O principal argumento que defende a tese da intencional idade do Descobrimento do Brasil é:
(A) a implantação da Política do Segredo, por parte de Portugal
(B) a interpretação histórica da carta de Pero Vaz de Caminha
(C) a presença de espanhóis no litoral brasileiro, em 1499
(D) a experiência náutica dos comandantes da esquadra de Cabral
(E) a modificação da Bula Inter-Coetera para Tratado de Tordesilhas

43. O principal motivo que levou Portugal a implantar o sistema de Capitanias Hereditárias no Brasil foi:
(A) carência de recursos financeiros
(B) distribuir terras ao excedente populacional português
(C) atender às exigências da burguesia mercantil
(D) centralizar a administração colonial
(E) ocupar rapidamente todo o litoral e o interior do Brasil

44. A respeito dos grupos indígenas no Brasil podemos afirmar que:
(A) praticavam o suicídio coletivo e foram catequizados nas Missões do litoral
(B) organizavam-se em tribos e eram monogâmicos
(C) foram empregados na criação do gado e eram politeístas
(D) adaptaram-se ao trabalho na lavoura e eram nômades
(E) miscigenaram com o homem branco gerando o cafuzo e o grupo tupi era o que habitava a maior parte do nosso litoral

45. Quanto ao tráfico negreiro podemos concluir:
I - Foi incentivado pela Coroa portuguesa que recebia 10% do lucro
III - A aguardente, o tabaco e o pau-brasil eram as "moedas" básicas do escambo escravista
III - A maioria dos negros trazidos da África eram das tribos dos Bantos e dos Sudaneses
IV - Os navios negreiros eram conhecidos por tumbeiros devido à excessiva mortandade em seu interior

Com base na avaliação das afirmativas apresentadas, assinale a alternativa correta:
(A) Todas as afirmativas são verdadeiras
(B) São verdadeiras as afirmativas I, II e III
(C) São verdadeiras as afirmativas I, II e IV
(D) São verdadeiras as afirmativas I, III e IV
(E) São verdadeiras as afirmativas II, III e IV

46. Dentre as contribuições do branco português à nossa cultura podemos destacar:
(A) couvade e o gosto pelo comércio
(D) coivara e caráter paternalista
(B) sincretismo religioso e o idioma
(D) expansão territorial e a religião católica
(E) canoas e o uso do tabaco

47. Dentre as afirmações abaixo assinale a que NÃO está relacionada com a Economia Colonial:
(A) a atividade extrativa do pau-brasil não fixou o homem à terra.
(B) a empresa açucareira foi a solução encontrada por Portugal para ativar o mercado interno no Brasil.
(C) o sistema de PLANTATION incluía dentre outros aspectos a mão de obra escrava indígena ou negra.
(D) o ouro descoberto na região das Gerais era do tipo aluvião, logo esgotou-se rapidamente.
(E) as drogas do sertão foram coletadas pelos índios aculturados nas Missões do Amazonas.

48. Comparando a estrutura da sociedade da cana-de-açúcar com a da mineração podemos afirmar que:
(A) eram muito semelhantes pois ambas adotavam o Plantation.
(B) eram diversificadas pois enquanto a da cana adotava o escravismo a da mineração quase não o empregava.
(C) eram semelhantes quanto ao aspecto da mobilidade social.
(D) eram diversificadas quanto ao acesso mais democrático da mineração.
(E) ambas tinham a base escravista e criaram núcleos urbanos.

49. Uma das causas da Inconfidência Mineira foi o (a):
(A) adoção do livre cambismo na região das Gerais
(B) Alvará de 1701 que restringia a permanência do gado a menos de 10 léguas do litoral
(C) proibição da circulação do ouro em pó ou em pepitas
(D) criação das Casas de Fundição
(E) temor da cobrança dos impostos atrasados

50. Correlacione a coluna da direita com a esquerda.

PERSONAGENS
1. João Ramalho
2. Felipe dos Santos
3. Mem de Sá
4. Vilegaignon
5. Estácio de Sá
6. Duarte da Costa
7. Caramuru
FATOS HISTÓRICOS

( ) Náufrago português que auxiliou Martim Afonso de Souza a fundar o primeiro núcleo colonizador no Brasil
( ) Fundou o Forte de Coligny
( ) Governador-geral quando da fundação da França Antártica pelos franceses

(A) 1 - 4 - 6
(B) 7 - 5 - 3
(C) 7 - 4 – 3
(D) 1-5-6
(E) 2 - 3 - 5

GABARITO
1. V V V F V F, 2. B, 3.B, 4.A, 5.E,6.C, 7.E, 8.C, 9.A, 10. B, 11.C, 12.D, 13.D, 14. E, 15.A, 16.E, 17.C, 18.C, 19.C, 20.A, 21.C, 22.C, 23.B, 24.E, 25.B, 26.D, 27.C, 28.A, 29.A, 30.D, 31.E, 32.B, 33.C, 34.C, 35.D, 36.B, 37.E, 38.C, 39. D, 40.D, 41. D, 42.E, 43.A, 44C, 45.D, 46.D, 47.B, 48.D, 49.E, 50.A,

quinta-feira, 29 de abril de 2010

Exercícios de Brasil Colônia - 19 questões

BRASIL COLÔNIA
Sex, 20 de Novembro de 2009 13:08

01. (Fuvest-SP) Os primitivos habitantes do Brasil foram vítimas do processo colonizador. O
europeu, com visão de mundo calcada em preconceitos, menosprezou o indígena e sua
cultura. A acreditar nos viajantes e missionários, a partir de meados do século XVI, há um
decréscimo da população indígena, que se agrava nos séculos seguintes. Os fatores que mais
contribuíram para o citado decréscimo foram:
a) a captura e a venda do índio para o trabalho nas minas de prata do Potosí.
b) as guerras permanentes entre as tribos indígenas e entre índios e brancos.
c) o canibalismo, o sentido mítico das práticas rituais, o espírito sanguinário, cruel e vingativo
dos naturais.
d) as missões jesuíticas do vale amazônico e a exploração do trabalho indígena na extração
da borracha.
e) as epidemias introduzidas pelo invasor europeu e a escravidão dos índios.

02. (UFMG) Leia o texto.
“A língua de que [os índios] usam, toda pela costa, é uma: ainda que em certos vocábulos
difere em algumas partes; mas não de maneira que se deixem de entender. (...) Carece de três
letras, convém a saber, não se acha nela F, nem L, nem R, coisa digna de espanto, porque
assim não tem Fé, nem Lei, nem Rei, e desta maneira vivem desordenadamente (...)."
(GANDAVO, Pero de Magalhães, História da Província de Santa Cruz, 1578.)
A partir do texto, pode-se afirmar que todas as alternativas expressam a relação dos
portugueses com a cultura indígena, exceto:
a) A busca de compreensão da cultura indígena era uma preocupação do colonizador.
b) A desorganização social dos indígenas se refletia no idioma.
c) A diferença cultural entre nativos e colonos era atribuída à inferioridade do indígena.
d) A língua dos nativos era caracterizada pela limitação vocabular.
e) Os signos e símbolos dos nativos da costa marítima eram homogêneos.

03. (Fuvest-SP) A sociedade colonial brasileira "herdou concepções clássicas e medievais de
organização e hierarquia, mas acrescentou-lhe sistemas de graduação que se originaram da
diferenciação das ocupações, raça, cor e condição social. (...) as distinções essenciais entre
fidalgos e plebeus tenderam a nivelar-se, pois o mar de indígenas que cercava os
colonizadores portugueses tornava todo europeu, de fato, um gentil-homem em potencial. A
disponibilidade de índios como escravos ou trabalhadores possibilitava aos imigrantes
concretizar seus sonhos de nobreza. (...) Com índios, podia desfrutar de uma vida
verdadeiramente nobre. O gentio transformou-se em um substituto do campesinato, um novo estado, que permitiu uma reorganização de categorias tradicionais. Contudo, o fato de serem aborígines e, mais tarde, os africanos, diferentes étnica, religiosa e fenotipicamente dos europeus, criou oportunidades para novas distinções e hierarquias baseadas na cultura e na cor."
(Stuart B. Schwartz, Segredos internos.)
A partir do texto pode-se concluir que
a) a diferenciação clássica e medieval entre clero, nobreza e campesinato, existente na
Europa, foi transferida para o Brasil por intermédio de Portugal e se constituiu no elemento
fundamental da sociedade brasileira colonial.
b) a presença de índios e negros na sociedade brasileira levou ao surgimento de instituições
como a escravidão, completamente desconhecida da sociedade européia nos séculos XV e
XVI.
c) os índios do Brasil, por serem em pequena quantidade e terem sido facilmente dominados,
não tiveram nenhum tipo de influência sobre a constituição da sociedade colonial.
d) a diferenciação de raças, culturas e condição social entre brancos e índios, brancos e
negros tendeu a diluir a distinção clássica e medieval entre fidalgos e plebeus europeus na
sociedade.
e) a existência de uma realidade diferente no Brasil, como a escravidão em larga escala de
negros, não alterou em nenhum aspecto as concepções medievais dos portugueses durante os
séculos XVI e XVII.
04. (UFMG) Todas as alternativas apresentam fatores que explicam a primazia dos
portugueses no cenário dos grandes descobrimentos, exceto
a) a atuação empreendedora da burguesia lusa no desenvolvimento da indústria náutica.
b) a localização geográfica de Portugal, distante do Mediterrâneo oriental e sem ligações
comerciais com o restante do continente.
c) a presença da fé e o espírito da cavalaria e das cruzadas que atribuíam aos portugueses a
missão de cristianizar os povos chamados "infiéis".
d) o aparecimento pioneiro da monarquia absolutista em Portugal responsável pela formação
do Estado moderno.

05. (FESO-RJ) "O governo-geral foi instituído por D. João III, em 1548, para coordenar as
práticas colonizadoras do Brasil. Consistiriam estas últimas em dar às capitanias hereditárias
uma assistência mais eficiente e promover a valorização econômica e o povoamento das áreas
não ocupadas pelos donatários."
(Manoel Maurício de Albuquerque. Pequena história da formação social brasileira. Rio de
Janeiro: Graal, 1984. p. 180.)
As afirmativas abaixo identificam corretamente algumas das atribuições do governador-geral, à
exceção de:
a) Estimular e realizar expedições desbravadoras de regiões interiores, visando, entre outros
aspectos, à descoberta de metais preciosos.
b) Visitar e fiscalizar as capitanias hereditárias e reais, especialmente aquelas que
vivenciavam problemas quanto ao povoamento e à exploração das terras.
c) Distribuir sesmarias, particularmente para os beneficiários que comprovassem rendas e
meios de valorizar economicamente as terras recebidas.
d) Regular as alianças com tribos indígenas, controlando e limitando a ação das ordens
religiosas, em especial da Companhia de Jesus.
e) Organizar a defesa da costa e promover o desenvolvimento da construção naval e do
comércio de cabotagem.

06. (UNISO) Durante a maior parte do período colonial a participação nas câmaras das vilas
era uma prerrogativa dos chamados "homens bons", excluindo-se desse privilégio os outros
integrantes da sociedade. A expressão "homem bom" dizia respeito a:
a) homens que recebiam a concessão da Coroa portuguesa para explorar minas de ouro e de
diamantes;
b) senhores de engenho e proprietários de escravos;
c) funcionários nomeados pela Coroa portuguesa para exercerem altos cargos administrativos
na colônia;
d) homens considerados de bom caráter, independentemente do cargo ou da função que
exerciam na colônia.

07. (UNAERP-SP) Em 1534, o governo português concluiu que a única forma de ocupação do
Brasil seria através da colonização. Era necessário colonizar, simultaneamente, todo o extenso
território brasileiro.
Essa colonização dirigida pelo governo português se deu através da:
a) criação da Companhia Geral do Comércio do Estado do Brasil.
b) criação do sistema de governo-geral e câmaras municipais.
c) criação das capitanias hereditárias.
d) d) montagem do sistema colonial.
e) criação e distribuição das sesmarias.

08. (Cesgranrio-RJ) Assinale a opção que caracteriza a economia colonial estruturada como
desdobramento da expansão mercantil européia da épaca moderna.
a) A descoberta de ouro no final do século XVII aumentou a renda colonial, favorecendo o
rompimento dos monopólios que regulavam a relação com a metrópole.
b) O caráter exportador da economia colonial foi lentamente alterado pelo crescimento dos
setores de subsistência, que disputavam as terras e os escravos disponíveis para a produção.
c) A lavoura de produtos tropicais e as atividades extrativas foram organizadas para atender
aos interesses da política mercantilista européia.
d) A implantação da empresa agrícola representou o aproveitamento, na América, da
experiência anterior dos portugueses nas suas colônias orientais.
e) A produção de abastecimento e o comércio interno foram os principais mecanismos de
acumulação da economia colonial.

09. (UFRJ) "(...) meu coração estremece de infinita alegria por ver que a terra onde nasci em
breve não será pisada por um pé escravo.
(...) Quando a humanidade jazia no obscurantismo, a escravidão era apanágio dos tiranos;
hoje, que a civilização tem aberto brecha nas muralhas da ignorância e preconceitos, a
liberdade desses infelizes é um emblema sublime (...).
Esta festa é a precursora de uma conquista da luz contra as trevas, da verdade contra a
mentira, da liberdade contra a escravidão."
(ESTRELLA, Maria Augusta Generoso e Oliveira. "Discurso na Sessão Magna do Clube
Abolicionista", 1872, Arquivo Público Estadual, Recife-PE.)
A escravidão está associada às diversas formas de exploração e de violência contra a
população escrava. Essa situação, embora característica dos regimes escravocratas, registra
inúmeros momentos de rebeldia. Em suas manifestações e ações cotidianas, homens e
mulheres escravizados reagiram a esta condição, proporcionando formas de resistência que
resultaram em processos sociais e políticos que, a médio e longo prazos, influíram na
superação dessa modalidade de trabalho.
a) Cite duas formas de resistência dos negros contra o regime da escravidão ocorridas no
Brasil.
b) Explique um fator que tenha contribuído para a transição para o trabalho livre no Brasil no
século XIX.

10. (Cesgranrio-RJ) "O senhor de engenho é título a que muitos aspiram, porque traz consigo o
ser servido, obedecido e respeitado de muitos." O comentário de Antonil, escrito no século
XVIII, pode ser considerado característico da sociedade colonial brasileira porque:
a) a condição de proprietário de terras e de homens garantia a preponderância dos senhores
de engenho na sociedade colonial.
b) a autoridade dos senhores restringia-se aos seus escravos, não se impondo às comunidades vizinhas e a outros proprietários menores.
c) as dificuldades de adaptação às áreas coloniais levaram os europeus a organizar uma
sociedade com mínima diferenciação e forte solidariedade entre seus segmentos.
d) as atividades dos senhores de engenho não se limitavam à agroindústria, pois controlavam
o comércio de exportação, o tráfico negreiro e a economia de abastecimento.
e) o poder político dos senhores de engenho era assegurado pela metrópole através da sua
designação para os mais altos cargos da administração colonial.

11. (UFMG) "Restituídas as capitanias de Pernambuco ao domínio de Sua Majestade, livres já
dos inimigos que de fora as vieram conquistar, sendo poderosas as nossas armas para sacudir
o inimigo, que tantos anos nos oprimiu, nunca foram capazes para destruir o contrário, que das
portas adentro nos infestou, não sendo menores os danos destes do que tinham sido as
hostilidades daqueles."
("Relação das guerras feitas aos Palmares de Pernambuco no tempo do Governador D. Pedro
de Almeida, de 1675 a 1678", citado por CARNEIRO, Edson. Quilombo dos Palmares. 2.ed.
São Paulo: CEN, Col. Brasiliana, 1958. v.302.)
O texto faz referência tanto às invasões holandesas ("... dos inimigos que de fora as vieram
conquistar")
quanto ao quilombo de Palmares (“... o contrário, que das portas adentro nos infestou").
O quilombo de Palmares, núcleo de rebeldia escrava no Nordeste brasileiro, alcançou
considerável crescimento durante o período de ocupação holandesa em Pernambuco. Mesmo
após a expulsão dos invasores estrangeiros pela população local, o quilombo resistiu a
inúmeros ataques de tropas governistas.
a) Apresente uma razão para a ocupação holandesa do Nordeste brasileiro.
b) Explique, com base em um argumento, a longa duração de Palmares.

12. (UEL-PR) No Brasil colônia, a pecuária teve um papel decisivo na
a) ocupação das áreas litorâneas.
b) expulsão do assalariado do campo.
c) formação e exploração dos minifúndios.
d) fixação do escravo na agricultura.
e) expansão para o interior.

13. (Cesgranrio-RJ) A ocupação do território brasileiro, restrita, no século XVI, ao litoral e
associada à lavoura de produtos tropicais, estendeu-se ao interior durante os séculos XVII e
XVIII, ligada à exploração de novas atividades econômicas e aos interesses políticos de
Portugal em definir as fronteiras da colônia.
As afirmações abaixo relacionam as regiões ocupadas a partir do século XVII e suas
atividades dominantes.
1) No vale amazônico, o extrativismo vegetal – as drogas do sertão – e a captura de índios
atraíram os colonizadores.
2) A ocupação do Pampa gaúcho não teve nenhum interesse econômico, estando ligada aos
conflitos luso-espanhóis na Europa.
3) O planalto central, nas áreas correspondentes aos atuais estados de Minas Gerais, Goiás e
Mato Grosso, foi um dos principais alvos do bandeirismo, e sua ocupação está ligada à
mineração.
4) A zona missioneira no Sul do Brasil representava um obstáculo tanto aos colonos,
interessados na escravização dos indígenas, quanto a Portugal, dificultando a demarcação das
fronteiras.
5) O Sertão nordestino, primeira área interior ocupada no processo de colonização, foi um
prolongamento da lavoura canavieira, fornecendo novas terras e mão-de-obra para a expansão
da lavoura.
As afirmações corretas são:
a) somente 1, 2 e 4.
b) somente 1, 2 e 5.
c) somente 1, 3 e 4.
d) somente 2, 3 e 4.
e) somente 2, 3 e 5.

14. (Unicamp-SP) O escravo no Brasil é geralmente representado como dócil, dominado pela
força e submisso ao senhor. Porém, muitos historiadores mostram a importância da resistência
dos escravos aos senhores e o medo que os senhores sentiram diante dos quilombos,
insurreições, revoltas, atentados e fugas de escravos.
a) Descreva o que eram os quilombos.
b) Por que a metrópole portuguesa e os senhores combateram os quilombos, as revoltas, os
atentados e as fugas de escravos no período colonial brasileiro?

15. (Cesgranrio-RJ) A expansão da colonização portuguesa na América, a partir da segunda
metade do século XVIII, foi marcada por um conjunto de medidas, dentre as quais podemos
citar:
a) o esforço para ampliar o comércio colonial, suprimindo-se as práticas mercantilistas.
b) a instalação de missões indígenas nas fronteiras sul e oeste, para garantir a posse dos
territórios por Portugal.
c) o bandeirismo paulista, que destruiu parte das missões jesuíticas e descobriu as áreas
mineradoras do planalto central.
d) a expansão da lavoura da cana para o interior, incentivada pela alta dos preços no
mercado internacional.
e) as alianças políticas e a abertura do comércio colonial aos ingleses, para conter o
expansionismo espanhol.

16. (Fuvest-SP) Podemos afirmar sobre o período da mineração no Brasil que
a) atraídos pelo ouro, vieram para o Brasil aventureiros de toda espécie, que inviabilizaram a
mineração.
b) a exploração das minas de ouro só trouxe benefícios para Portugal.
c) a mineração deu origem a uma classe média urbana que teve papel decisivo na independência do Brasil.
d) o ouro beneficiou apenas a Inglaterra, que financiou sua exploração.
e) a mineração contribuiu para interligar as várias regiões do Brasil e foi fator de diferenciação da sociedade.

17. (UFMG) Em 1703, Portugal assinou com a Inglaterra o tratado de Methuen. A assinatura
desse tratado teve implicações profundas para as economias portuguesa e inglesa.
a) Apresente a situação em que se encontrava Portugal na época da assinatura do tratado.
b) Cite a principal cláusula do tratado de Methuen.
c) Apresente 2 (duas) implicações fundamentais desse tratado para a economia portuguesa.
d) Apresente a implicação fundamental desse tratado para a economia inglesa.

18. (UFMG) Leia o texto. Ele refere-se à capitania de Minas Gerais no século XVIII.
"... ponderando-se o acharem-se hoje as Vilas dessa Capitania tão numerosas como se
acham, e que sendo uma grande parte das famílias dos seus moradores de limpo nascimento,
era justo que somente as pessoas que tiverem esta qualidade andassem na governança delas,
porque se a falta de pessoas capazes fez a princípio necessária a tolerância de admitir os
mulatos aos exercícios daqueles oficias, hoje, que tem cessado esta razão, se faz indecoroso
que eles sejam ocupados por pessoas em que haja semelhante defeito..."
(D. João, Lisboa, 27 de janeiro de 1726.)
No trecho dessa carta, o rei de Portugal refere-se à impropriedade de os mulatos continuarem
a exercer o cargo de
a) governador, magistrado escolhido entre os "homens bons" da colônia para administrarem a
capitania.
b) intendente das minas, ministro incumbido de controlar o fluxo de alimentos e do comércio.
c) ouvidor, funcionário responsável pela administração das finanças e dos bens eclesiásticos.
d) vereador, membro do Senado da Câmara, encarregado de cuidar da administração local.

19. (PUC-SP) "Eu a Rainha faço saber:
Que devido ao grande número de fábricas e manufaturas, que desde alguns anos tem se
difundido em diferentes capitanias do Brasil, com grave prejuízo da cultura e da lavoura e da
exploração das terras minerais daquele continente; porque havendo nele falta de população é
evidente que quanto mais se multiplicar o número de fabricantes, mais diminuirá o de
cultivadores e menos braços haverá...
Hei por bem ordenar que todas as fábricas e manufaturas... (excetuando-se as que tecem
fazendas grossas de algodão) sejam extintas e abolidas em qualquer parte dos meus domínios
no Brasil."
(Alvará de 5/1/1785.)
No final do século XVIII, ampliam-se as restrições e proibições impostas pela metrópole
portuguesa ao desenvolvimento das atividades econômicas na colônia. O texto reproduzido
acima, baixado por D. Maria I, rainha de Portugal, contém aspectos dessa política de
restrições. Leia com atenção o texto e a seguir: a) identifique a restrição central nele imposta;
b) destaque e comente um argumento usado no texto para justificar tal medida.


GABARITO
01. E
02. A
03. D
04. B
05. E
06. B
07. C
08. C
09. a) Uma forma de resistência era a fuga e a posterior organização em quilombos; outra era
a simples passividade perante o trabalho e o não-enfrentamento com o senhor, levando o
escravo algumas vezes ao suicídio.
b) Um fato foi o fim do tráfico negreiro em 1850 (Lei Eusébio de Queirós), levando ao lento
processo de diminuição da população de escravos.
10. A
11. a) Os holandeses atacaram o Nordeste brasileiro em decorrência do embargo açucareiro
decretado por Filipe II, rei da Espanha e, nos termos da União Ibérica de 1580 a 1640, também
rei de Portugal.
b) A longa duração de Palmares é, em grande parte, fruto do longo conflito com os
holandeses em Pernambuco (1630-54). Apesar de um período de apaziguamento, os atritos
entre holandeses e portugueses ou brasileiros estimulavam as fugas de escravos e contribuíam
para o fortalecimento do quilombo.
12. E
13. C
14. a) Os quilombos eram aldeamentos de negros fugitivos.
b) Porque a simples existência de quilombos representava uma forma de subversão da ordem
econômica brasileira, impedindo eventualmente que a colônia cumprisse sua função perante a
metrópole.
15. B
16. E
17. a) Portugal encontrava-se em decadência econômica, após o malfadado período da União
Ibérica (até 1640) e o rompimento das relações com os holandeses.
b) A principal cláusula do tratado de Methuen é aquela que abre Portugal para as importações
de tecidos ingleses e, em troca, a Inglaterra se abre para os vinhos portugueses.
c) A partir da assinatura do tratado, a economia portuguesa abre-se para as importações de
tecidos ingleses, arrasando o pequeno setor têxtil português e condenando o país à
especialização agrícola, mais especificamente à produção de vinhos.
d) O tratado garantiu para a Inglaterra o controle sobre o mercado português e,
conseqüentemente, sobre o brasileiro.
18. D
19. a) O alvará de 1785 basicamente restringe a instalação de manufaturas no Brasil e obriga
o fechamento das já existentes.
b) O principal argumento utilizado é a escassa mão-de-obra brasileira, que seria mais bem
aproveitada na lavoura e na mineração. O argumento é falso, já que tanto a atividade
mineradora quanto a lavoura tradicional (açucareira) encontravam-se em franca decadência. O
verdadeiro interesse português era a necessidade de garantir o monopólio metropolitano sobre
os manufaturados.
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